Desde Novembro de 2014 que a empresa detém a concessão para a actividade de exploração diamantífera, por 35 anos, ao longo de 218 quilómetros quadrados na aluvião do Lulo, concedida pelo Ministério da Geologia e Minas. No entanto, e logo nos primeiros dias de exploração da zona BLK-08 – uma área a cerca de 3000 quilómetros quadrados do Lunda Norte, a diamantífera descobriu cinco grandes diamantes, com mais de dez quilates cada, sendo que um chega mesmo aos 53,2 quilates.
A informação foi avançada pela empresa à Agence Ecofin e dá conta de um diamante de 53,2 quilates, um de 21,7 quilates, outro de 21,1 quilates, outro de 12 quilates e ainda um de 10,8 quilates. Segundo o Rede Angola, os australianos mostraram-se optimistas em encontrar mais diamantes desta categoria nos próximos meses, tendo em conta o aumento do ritmo de exploração, que prevê atingir os 20 mil metros cúbicos de terreno por mês.
Esta descoberta faz aumentar para 15 o número de diamantes excepcionais pela empresa nesta concessão, no qual se inclui uma gema de 131,4 quilates de cor D, a mais incolor e valiosa, e de tipo II, ou seja, com poucas ou nenhumas impurezas.
“Descobrir grandes aluviões de diamantes numa base regular, em conjunto com a abundância de minerais indicadores, também indicam que podemos estar próximos de uma fonte primária de kimberlito (rocha que contém diamantes) – é por isso que as chaminés de kimberlito que identificámos na BLK-08 e nas áreas circundantes têm tanto interesse”, afirmou Stephen Wetherall, director-executivo da Lucapa, ao site Diamond Intelligence, citado pelo Rede Angola. “Estamos a explorar o que aponta ser um muito excitante campo de diamantes”, acrescentou.
É já no início do mês de Setembro que está marcada a próxima venda de diamantes pela Lucapa, que espera ter cerca de 3000 quilates para serem comercializados.