"De acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo Gás (ANPG), a produção petrolífera voltou a registar uma contracção no segundo trimestre de 2025, com uma queda em torno dos 10 por cento face ao período homólogo, para 1,0 milhões barris por dia, reflectindo a tendência estrutural de declínio da produção nacional de crude", escrevem os analistas.
Num comentário à evolução da economia angolana, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas do Banco Fomento Angola dizem que, "a produção de gás natural, que havia crescido 3,3 por cento no primeiro trimestre, inverteu a trajectória e recuou 8 por cento no mesmo trimestre", ou seja, de Abril a Junho deste ano em comparação com o período homólogo de 2024.
"Com base nestes resultados, estimamos que o sector petrolífero no seu todo terá contraído em torno de 10,2 por cento no segundo trimestre de 2025", concluem os analistas.
Angola saiu da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em Dezembro de 2023, devido a um desacordo sobre os limites à quota de produção para 1,17 milhões de barris diários.
Nessa altura, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, afirmou que a decisão foi tomada após uma análise cuidadosa e que Angola não via mais vantagens em permanecer na OPEP, especialmente com a limitação da produção que a organização impunha.
Desde 2023, Angola não tem conseguido superar a produção de 1,1 milhões de barris por dia, em média.
Angola aderiu à OPEP em 2006 e, desde então, era um dos principais produtores de petróleo da África subsaariana.