Embora este crescimento se trate de boas notícias, segundo a Angop, a produção corresponde apenas a um por cento da demanda do mercado local.
No que diz respeito à concentração da produção por municípios, destacam-se a Humpata, com três aviários, bem como o Lubango, com dois. Estão ainda em evidência, segundo José Chicomo, os municípios de Caluquembe (um aviário), Chibia (um aviário), Matala (um aviário) e Cuvango (um aviário).
Em declarações à Angop, o responsável justificou que o crescimento da produção é resultado da melhoria da genética das espécies em produção, já que anteriormente utilizavam-se aves de dupla finalidade, no entanto, actualmente está a feita uma especialização, com a separação das aves de corte das aves poedeiras.
José Chicomo informou que as nove empresas privadas com registo para produção contam com uma capacidade de produção de 133 mil ovos por dia, porém encontram-se actualmente a produzir pouco mais de 63 mil ovos diários, tendo apontado como motivos para essa situação os custos elevados da ração, a necessidade de importar matrizes, além da manutenção das instalações e m-mão-de-obra.
Segundo o responsável, a nível provincial existem outras cinco ou mais empresas que também produzem ovos, porém estão a enfrentar dificuldades devido ao alto custo da ração, constrangimentos na importação de matrizes de países como Portugal e Namíbia, entre outros, resultando na paralisação das operações há mais de um ano.
Disse ainda que a demanda do mercado da produção deste alimento para a província se encontra avaliada em mais de 35 milhões de unidades por dia.
"As necessidades do mercado da produção de ovos para a Huíla está estimada em 35.830.650 unidades por dia dia, em função do número populacional e quantidade de pessoas que têm de comer o alimento diariamente", referiu, citado pela Angop.
Sobre a produção de frango de corte, José Chicomo admitiu ainda ser baixa, informando que nos primeiros seis meses deste ano se abateram 943 aves, equivalente a pelo menos 1225 quilos de carne – menos 472 quilos que no mesmo período do ano passado, cujo registo foi de 1697 quilos –, num mercado que demanda mais de três milhões de quilos.
Já sobre se chegar a ser auto-suficiente na produção destes dois produtos, o responsável destacou a importância de se investir mais na avicultura, infra-estruturas, mão-de-obra, genética e incremento da produtividade. Citado pela Angop, também expressou a necessidade de aprimorar a produção de milho internamente, destinado a ser consumido, bem como para garantir excedente orientado à produção de ração, além de fabricar vacinas e medicamentos em quantidade adequada para tratar e prevenir doenças em aves.
