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Huambo: empresária apostou na criação de aviário que já produz mais de 20 mil ovos diariamente

Agripina Mateus, uma empresária no Huambo, apostou na criação de um aviário, onde se produzem diariamente mais de 20 mil ovos. O projecto estende-se por 9000 hectares, contando com cinco pavilhões (quatro de postura poedeira e um de criação) e tem capacidade para 32.000 aves, apresentando, neste momento, 26 mil galinhas que produzem ovos diariamente.

: Leonardo Castro/Angop
Leonardo Castro/Angop  

Tudo começou em 2014, quando o projecto foi beneficiário do programa Angola Investe. Segundo a empresária, nesse ano deram início à "realização física de investimentos", tendo no ano seguinte arrancado com a "produção efectiva".

"O investimento surgiu em função do programa Angola Investe, fomos beneficiados no ano de 2014, o ano em que começámos também a realização física de investimentos e, em 2015, em Março, começámos a produção efectiva", contou, declarações à Televisão Pública de Angola (TPA).

No entanto, admitiu que a jornada não tem sido fácil, mas que persistência é a palavra de ordem. "Nada é fácil, precisa-se sempre de empenho, dedicação e, no meu caso, acima de tudo, foi necessário e é necessário até hoje persistência", apontou.

"Eu persisto apesar das várias dificuldades que os avicultores, penso que a nível nacional, têm enfrentado, nomeadamente em função de alguma escassez de algumas matérias primas para nós podermos ter uma ração com os níveis esperados, porque quando não temos uma ração completa também não temos a produção esperada. Sim, é um desafio, mas que eu não penso em desistir", acrescentou.

Além disso, a empresária falou também da questão do género. "Quando se fala em mulher depois acrescenta jovem parece que nós somos privadas de alguma capacidade, mas não. Isso é só para nós demonstrarmos, como mulher falo em nome das outras mulheres, que nós também somos capazes, nós podemos trabalhar não só em boutiques, em restaurantes, mas também podemos actuar nos vários sectores (...)", afirmou.

De acordo com a TPA, a infra-estrutura emprega 46 pessoas. É o caso de Simão Livamba, que diz que o emprego mudou a sua vida.

"Mudou muito de facto a minha vida, (...) queria agradecer", disse, acrescentando: "Tenho filhos também que estudam e consigo pagar a propina dos meus filhos graças ao meu trabalho que encontrei aqui".

Já Betlaidy José, que é a supervisora no aviário, diz que sempre quis trabalhar com animais e apesar dos desafios gosta do que faz. "Sempre foi meu desejo trabalhar com os animais, já que venho de uma família de camponeses. Foi desafio porque há quem diga que o campo não foi feito para mulheres. Gosto de trabalhar aqui e está a ser um desafio e vai continuar a ser um desafio até algum dia eu conseguir prosperar profissionalmente", apontou, em declarações à TPA.

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