Segundo um breve comunicado do governo da província de Luanda (GPL), a que o VerAngola teve acesso, João Lourenço deslocou-se, na manhã desta Terça-feira, até à comuna de Bom Jesus para constatar "in loco" o nível de execução das obras do projecto Quilonga Grande.
Na nota, o GPL destaca que a "conclusão dos projectos Bita e Quilonga Grande vai duplicar o número de habitantes da província de Luanda com acesso a água canalizada".
No fim da visita, o Presidente dirigiu algumas palavras à imprensa. Na ocasião, esclareceu que o projecto por si visitado esta Terça-feira irá atender aproximadamente cinco milhões de pessoas, enquanto o projecto Bita irá beneficiar mais de dois milhões de habitantes, além dos três milhões que já têm acesso a água potável em Luanda.
João Lourenço considerou que a mudança de três para 10 milhões é realmente significativa, representando um avanço considerável.
Embora ainda demore um tempo considerável, até 2027, o Presidente da República referiu que as acções se encontram actualmente focadas em incrementar de forma progressiva a oferta, com suporte de um terceiro projecto, chamado UGP, que terá início no fim do ano, escreve a Angop.
Na ocasião, deixou ainda uma palavra de conforto e alento para aqueles que ainda não têm acesso a água nas suas casas de que nos próximos dois anos o número de pessoas beneficiadas será gradualmente ampliado.
"Esta é uma obrigação do Executivo, Luanda está entre dois grandes rios, o Cuanza e o Bengo, e é incompreensível que um número tão grande de cidadãos não tenha água", apontou, citado pela Angop.
Relativamente às habitações no decurso dos projectos, o chefe de Estado explicou que os donos devem ser avisados para procederem à remoção das construções ilegais ou o Estado irá realizar essa tarefa por eles.
Também recordou que isso foi realizado relativamente ao novo aeroporto, uma vez que, sem isso, a infra-estrutura aeroportuária não seria certificada, enfatizando a necessidade de proteger o interesse público e defender a vontade da maioria sobre a minoria, tendo ainda acrescentando que as construções devem ser permitidas e realizadas em sítios adequados, uma vez que os planos directórios das cidades não são criados sem motivo.