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Covid-19: “Medidas assertivas” de Angola pouparam muitas vidas e foram elogiadas

A ministra da Saúde considerou esta Terça-feira que a maneira como Angola lidou com a pandemia de covid-19 é motivo de orgulho e salientou que as "medidas assertivas" evitaram muitas mortes nesse período.

: Facebook MINSA
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"Fazemos um balanço muito positivo e temos de nos orgulhar, Angola foi elogiada em vários fóruns pelas medidas assertivas que tomou e evitou muitas mortes e mortalidade por covid-19", disse Sílvia Lutucuta em declarações à Lusa e RTP à margem da sua intervenção no EurAfrican Forum, que decorre esta semana em Carcavelos, perto de Lisboa.

"Por esta altura a nossa situação epidemiológica é boa, temos casos esporádicos de covid-19, sobretudo em pessoas com comorbilidade e estamos sem mortos há mais de quatro meses", salientou a governante, dias depois de Angola deixar de exigir aos passageiros internacionais que chegam ao país um certificado de vacinação.

Angola, concluiu a ministra, "está numa altura de continuar a relançar a economia e tomar medidas no contexto epidemiológico para levar a paz social e económica em benefício da população".

Luanda deixou cair a obrigatoriedade de apresentação de certificado de vacinação ou teste à covid negativo nas entradas e saídas do território nacional, segundo o decreto presidencial de Sexta-feira que actualiza as normas relativas à covid-19, mantendo apenas a obrigatoriedade do uso de máscara facial nas unidades sanitárias, devido à evolução favorável.

Ainda assim, reconheceu a governante, os tempos não foram fáceis para o continente durante o período da pandemia, que foi pela primeira vez diagnosticada em África no dia 14 de Fevereiro de 2020.

"Durante a pandemia de covid-19, África teve momentos difíceis com a aquisição de vacinas, a falta de medicamentos, de indústria e de material gastável", lembrou Sílvia Lucutuca, nas declarações.

Para evitar a dificuldade em encontrar vacinas numa próxima eventual pandemia, a ministra da Saúde disse que o continente "está a trabalhar em vários países africanos para a instalação de uma indústria de vacinas" e salientou que há nove países africanos que competem pela instalação de equipamentos nesta área.

"Estamos a tentar atrair investimento, mas já temos nove países na África subsaariana e no norte de África, Egipto, Ruanda, Gana, Senegal, com grande tradição na fabricação de vacinas, como por exemplo da febre amarela, e África do Sul, e outros países que estão na corrida para colocar os seus países na indústria de vacinas", vincou a governante.

Em Angola, especificou, "continuamos a incentivar e à procura de parceiros internacionais, de financiamento para implementar uma indústria farmacêutica, no sentido lato, e no âmbito dos programas de investimento público, temos como prioridade a instalação de um laboratório de controlo de qualidade e meios médicos", afirmou.

Na intervenção sobre o 'Fortalecimento dos Sistemas de Saúde: Produção e Acesso a Vacinas, Medicinas e Tecnologias de Saúde', Sílvia Lucutuca lembrou que "a especulação nos mercados internacionais, as dificuldades de fabrico evidenciaram a necessidade de fortalecer as capacidades internas para prevenir doenças com grande potencial epidémico e para a sobrevivência infantil".

O continente, reconheceu, "enfrentou grandes desafios logísticos, financeiros e estruturais no acesso e na distribuição equitativa da vacina", mas foram ultrapassados devido à conjugação de esforços e à resiliência dos países, afirmou.

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