José de Lima Massano, ministro de Estado para a Coordenação Económica, falava no final de uma visita efectuada a duas indústrias locais na Zona Económica Especial (ZEE) de Luanda.
O governante destacou o "compromisso firme" na promoção da produção nacional e desenvolvimento de competências, sublinhando que as visitas ao polo industrial de Viana e à ZEE servem para compreender as dificuldades das empresas e como os empresários as superam.
Salientando os "bons exemplos" de unidades industriais que "estão a dar a volta", apesar de muita matéria-prima continuar a ser importada, Lima Massano insistiu no objectivo de criar cada vez mais situações adequadas para dinamizar a capacidade produtiva e diversificar a economia.
Questionado sobre as dificuldades no acesso ao crédito de que muitos empresários se queixam, afirmou que é "uma grande preocupação" e transversal ao sector produtivo.
O ministro justificou as cautelas do lado do sistema financeiro devido à "perspectiva de risco", tendo em conta que "as garantias não são sólidas" e que a qualidade de informação não dá "o devido conforto a potenciais credores".
"O trabalho que tem de continuar a ser feito tem a ver com o próprio sistema de justiça", frisou o governante, acrescentando que nem sempre o património está devidamente registado, causando disputas de titularidade.
"Quando as coisas não correm bem há uma dificuldade imensa de recuperação do crédito e isso aconselha certa prudência do lado de quem empresta", notou.
No entanto, "não é possível resolver todas as dificuldades", disse.
Além do crédito, problemas como o fornecimento de água e energia, continuam a afectar os empresários angolanos, mas Lima Massano assegurou que o compromisso "é firme", apesar de ser preciso "ir com realismo".