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MPLA e UNITA escolhem Luanda e Benguela para arranque da campanha eleitoral

O MPLA, e o seu principal adversário, a UNITA, escolheram a capital, Luanda, e a segunda maior cidade, Benguela, respectivamente, para mostrar a sua capacidade de mobilização no arranque da campanha eleitoral.

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É já este Sábado que os dois maiores partidos angolanos, um, governando ininterruptamente Angola há quase 48 anos, o outro em busca da alternância em 2022, vão procurar convencer o eleitorado de que são a melhor escolha para o voto dos angolanos no dia 24 de Agosto.

A abertura da campanha política do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) vai acontecer no Camama, em Luanda, pelas 10h00, onde chegou a estar previsto um comício para o dia 9 de Julho, acto que foi cancelado devido ao luto nacional declarado devido à morte do ex-presidente José Eduardo dos Santos.

O número 1 da lista dos "camaradas", João Lourenço, também Presidente da República, concorre a um segundo mandato, depois de ter sido eleito a 23 de Agosto de 2017, sucedendo a José Eduardo dos Santos, que presidiu aos destinos de Angola durante 38 anos.

Do outro lado, na cidade costeira de Benguela, no sul do país, vai estar o líder dos "maninhos", Adalberto da Costa Júnior, que vai encabeçar uma "marcha da vitória" até ao local do comício (Aeroporto 17 de Setembro) depois de a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) apresentar o seu manifesto eleitoral, sob o lema "2022 - Ano da alternância do poder para a governação inclusiva e participativa".

Nas listas da UNITA concorrem membros de outros partidos e movimentos, bem como da sociedade civil, incluindo o antigo líder deste partido Abel Chuvukuvuku, que actualmente dirige o projecto político PRA-JÁ, e Justino Pinto de Andrade, que suspendeu a militância no Bloco Democrático.

Os dois actos políticos marcam o início da campanha eleitoral para as eleições gerais de 24 de Agosto, em que os angolanos vão escolher um novo presidente e deputados à Assembleia Nacional, às quais concorrem sete partidos e uma coligação.

Mais de 14 milhões de angolanos estão habilitados a votar nestas eleições, incluindo, pela primeira vez, 22 mil cidadãos residentes no estrangeiro.

Os números têm suscitado dúvidas e denúncias nos últimos dias depois de várias pessoas terem constatado a presença de pessoas já falecidas entre os eleitores, o que o Governo desvalorizou, pela voz do director do registo eleitoral oficioso, Fernando Paixão, que culpou os familiares por não declararem os óbitos.

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