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UNITA avança com queixa-crime contra militantes do MPLA após incidentes no Huambo

A UNITA apresentou uma queixa-crime junto da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra militantes do MPLA, no poder, na sequência de incidentes na província do Huambo, que resultaram em feridos e detidos, foi anunciado.

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Os incidentes ocorreram, há duas semanas, no município do Ucuma, província do Huambo, na sequência de uma visita do secretário municipal deste partido a uma das comunas da localidade.

A informação foi transmitida esta Quarta-feira pela secretária provincial da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido na oposição, Navita Ngolo, questionando as motivações de “recorrentes ataques” contra os seus militantes.

Pelo menos quatro motorizadas, afectas à UNITA, terão sido queimadas e uma viatura vandalizada no âmbito de ataques a militantes, atribuídos à ativistas e apoiantes do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

“Identificámos os principais autores, ativistas e militantes do MPLA, e com os respetivos nomes apresentamos esta queixa na terça-feira à PGR aqui no Huambo”, disse a secretária provincial da UNITA em entrevista à Lusa.

“Temos neste momento duas pessoas detidas, inclusive secretário municipal de uma outra área, sete feridos, alguns ainda a receberem tratamento médico no hospital municipal”, explicou.

Navita Ngola, que criticou também a “inércia” do comando da polícia no Ucuma em travar o incidente, mesmo após reiterados apelos, referiu que o seu partido tem ainda um processo em curso contra as autoridades da comuna do Mbavi, município da Chicala-Choloanga.

Na comuna do Mbavi, contou, “nossa secretária municipal ao ir apresentar o nosso secretário comunal depois ativistas bem identificados do MPLA também causaram vários transtornos, cortando inclusive as vias de acesso, e tivemos que abortar a operação”.

A também deputada da UNITA admitiu ainda que o seu partido deverá impugnar os resultados eleitorais (no âmbito das eleições de 24 de Agosto) em duas comunas do município do Londuimbali e em uma comuna do Ucuma e Chicala-Choloanga por insegurança.

“Porque onde não haver segurança, onde não pudermos mandar os nossos delegados de lista, a lei nos protege e não poderemos reconhecer esses resultados e, portanto, impugná-los”, rematou Navita Ngolo.

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