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Política Morte de José Eduardo dos Santos

UNITA quer família a definir altura e local do funeral

A UNITA defende que deve ser a família de José Eduardo dos Santos, o antigo presidente, que morreu na Sexta-feira em Barcelona, a definir quando e onde será realizado o funeral.

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As exéquias fúnebres de José Eduardo dos Santos estão a ser negociadas entre a família e o Governo, havendo divergências no clã, com alguns dos seus filhos a opor-se à entrega imediata do corpo a Luanda.

O Governo declarou que pretende fazer um funeral de Estado, mas a decisão não foi bem acolhida pelas filhas mais velhas, em particular Tchizé dos Santos

Tchizé dos Santos afirma que essa não era a vontade do pai e que José Eduardo dos Santos não queria ser sepultado em Angola enquanto João Lourenço, o actual presidente, que concorre a um novo mandato nas eleições gerais marcadas para 24 de Agosto, estiver no poder.

Numa declaração política divulgada esta Segunda-feira, a UNITA e as forças patrióticas pela alternância (plataforma conhecida como Frente Patriótica Unida) renovam os seus pêsames e mostram-se favoráveis a um "funeral condigno", em que será a família a escolher o momento e o lugar para a sua realização "segundo a tradição africana de Angola, para qual os mortos devem ser honrados e respeitados e o luto da sua família confortado".

A UNITA, em particular o seu fundador, Jonas Savimbi, foi o principal opositor de José Eduardo dos Santos durante os 38 anos em que este governou o país, travando uma longa guerra contra as forças governamentais do MPLA, que só terminou com a morte de Savimbi em 2002.

A UNITA salienta, no seu comunicado que a morte de José Eduardo dos Santos ocorre a apenas 38 dias das eleições, condenando "todos os discursos intimidatórios e acções repressivas por serem contrários ao clima de harmonia, tranquilidade, liberdade, civismo e cidadania que devem caracterizar este momento".

Mostra-se igualmente confiante na vitória das forças da alternância apelando a todos os militantes, simpatizantes e amigos "para estarem vigilantes e não incorrerem em actos de perturbação da ordem pública", sem renunciarem aos seus direitos constitucionais.

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