O responsável, em entrevista à Forbes África Lusófona, revelou que a Food Life poderá abrir, em Novembro deste ano, a sua primeira unidade fabril de transformação de arroz e feijão produzidos no país.
Os equipamentos da futura fábrica já foram pagos e estão neste momento a ser construídos em Itália e no Brasil, informou.
Relativamente aos empregos, neste momento, a empresa conta com 15 trabalhadores. No entanto, é esperado que o arranque da nova fábrica faça esse número aumentar para 40 colaboradores.
Citado pela Forbes, Isaac Cangundo disse ainda estar "pessoalmente engajado no projecto de transformação" de grãos: "Estou pessoalmente engajado no projecto de transformação dos nossos grãos com o objectivo de agregar valor e conferir-lhes a qualidade desejada pelos consumidores".
Acrescentou que a iniciativa da empresa está em conformidade com os propósitos do Governo e vai produzir "resultados de alta qualidade".
"Pretendemos ser a primeira empresa no ramo alimentar do país que aposta 100 por cento na produção nacional, que dá espaço aos agricultores locais para poderem escoar os seus produtos, sem preocupações, e nós os processarmos e exporta-los para outros países", disse ainda à Forbes.
Na sua entrevista, Isaac Cangundo aproveitou também para falar sobre as perspectivas de facturação para este ano, indicando que a empresa espera alcançar uma facturação na ordem dos 10 milhões de dólares até ao fim do presente ano.
Para isso, o director executivo da empresa referiu que esse objectivo poderá ser atingido como resultado de um plano estratégico "bem definido" para possibilitará à Food Life "crescer de forma robusta e sustentável", contando ainda com a dedicação de "uma equipa de gestão qualificada, técnicos bem preparados e um sistema de governação com padrões internacionais", escreve a Forbes.
No ano passado, a empresa iniciou-se no ramo da alimentação com uma marca própria designada Uwayele – que decidiu levar como inovação à FILDA – e terá facturado cerca de 4,5 milhões de dólares em sete meses, numa lista de clientes que abrange grande superfícies comerciais e algumas entidades do Estado.
Isaac Cangundo classificou o presente ano económico como "positivo", apesar de identificar que "a guerra entre a Rússia e Ucrânia está a ter um impacto considerável no sector alimentar mundial".
Considerou ainda que o ramo alimentar no país é competitivo e que "apenas empresas competitivas conseguem sobreviver e operar com sucesso".
A empresa participou, este ano, pela segunda vez consecutiva na FILDA, onde apresentou uma nova embalagem de cinco quilogramas.