A estrutura de cerca de dez metros de comprimento e com mais de quatro toneladas de peso foi montada na travessa Marcelino Dias para que fosse construído um prédio. No entanto, a obra numa foi acabada e a grua permanece no local.
Segundo o Jornal de Angola, os moradores não sabem quem é o dono do edifício de nove andares que estava a ser construído pela Bryvania.
A empreitada está parada há quatro anos, mas os moradores asseguram que a grua já está naquele local há seis anos. O medo de que a estrutura caia é constante: "Quando chove intensamente ou quando há ventos fortes, a estrutura metálica movimenta-se tirando o sono aos moradores", indicou um dos munícipes ao Jornal de Angola.
Os moradores queixam-se da degradação da grua e dizem que a estrutura está a colocar a vida das pessoas em perigo. Para tentar resolver a situação, os moradores entraram em contacto com Roberto Talaya, um antigo morador do bairro Maculusso, que, há 34 anos na zona, tem ajudado a dar solução aos problemas daquela região.
Em declarações ao mesmo jornal, Roberto Talaya indicou que o governo local tem conhecimento da grua, re-afirmando que a estrutura está instável, abanando quando há chuva e vento.
Já Eduardo Hossana, que mora há 38 anos naquela zona, considerou que "o Governo Provincial não devia preocupar-se somente com a remoção de viaturas na via pública, mas também com a retirada de objectos que dão mau aspecto à cidade e que põem em risco a vida dos cidadãos".
Victor Manuel, outro residente que mora em frente ao edifício onde está a grua, disse ser "difícil ter sono, quando está a fazer muito vento ou a chover, porque a grua mexe ao longo da noite".
Rui Duarte, administrador da Ingombota, disse que a 'Grua do Maculusso' é do conhecimento da administração e que já visitou o local para tentar encontrar soluções para a sua remoção e assegurou que os técnicos do IPGUL- Instituto de Planeamento e Gestão Urbana de Luanda - "ficaram de fornecer o contacto do responsável do edifício, de forma a notificar e obrigar o empreiteiro a dar tratamento à estrutura metálica, removê-la ou dar continuidade à obra".
O director do Instituto de Planeamento e Gestão Urbana de Luanda, António Bunga, afirmou que também já visitou o local e, nos próximos dias, se vai pronunciar em relação à obra, no sentido de se resolver o problema que "atormenta" os moradores do Malucusso.
