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Bispos angolanos da IURD acusam liderança brasileira de querer manchar imagem do Governo

Os bispos e pastores angolanos da Comissão de Reforma da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) acusaram a ala brasileira de promover, nas últimas três semanas, campanhas de desinformação para manchar a imagem do Governo de Angola.

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Num comunicado distribuído em Luanda, os bispos e pastores angolanos, que desde o passado dia 22 de Junho tomaram a direcção da IURD em Angola, acusam o bispo brasileiro Honorilton Gonçalves de estar, através da Fé TV, da TV Zimbo e das redes sociais, a conduzir uma campanha de calúnia e difamação, que afeta também a Televisão Pública de Angola (TPA).

Para os bispos nacionais, com a campanha, que consideram “uma atitude reprovável e condenável” fica exposto “o caráter do bispo Honorilton Gonçalves e da liderança brasileira da IURD-Angola, que tem agido “com falsidade e manifesta má-fé ao povo angolano”.

“Assim sendo, apelamos aos membros, obreiros, pastores e bispos da Igreja Universal do Reino de Deus e à sociedade, em geral, que mantenham a calma e o espírito de irmandade. Reiterando que as ações da Comissão de Reforma têm observado a lei e a dignidade da pessoa humana, em respeito aos princípios da fé cristã e os padrões morais e cívicos da nossa cultura”, refere a nota.

A nota realça que entre os dias 22 e 23 de Junho deste ano, os pastores “imbuídos de espírito de fé e bravura decidiram pôr fim às más práticas perpetradas pelo Senhor bispo Honorilton Gonçalves, nomeadamente racismo, arrogância, abuso de poder e de confiança, que culminou com o resgate efectivo dos templos e locais de culto nas 18 províncias de Angola”.

Os religiosos angolanos acusam o bispo Honorilton Gonçalves de disseminar mentiras, “fazendo crer que ex-pastores e ex-obreiros foram os protagonistas dos referidos atos, que considerou de “vandalismo”, e invasão dos locais de culto, usando para o efeito as redes sociais  e media controlada pela então liderança brasileira, designadamente  a TV Zimbo, Fé TV e Record TV Angola”.

O conflito interno da IURD em Angola tem provocado tensões entre os dois países, com envolvimento directo de ambos os governos.

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, enviou uma carta ao seu homólogo angolano, João Lourenço, pedindo proteção para os pastores da IURD em Angola, divulgada na Segunda-feira passada no Twitter pelo deputado federal e filho do presidente do Brasil, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Na missiva dirigida a João Lourenço, Bolsonaro alude aos actos de violência e pede que se evite “que factos dessa ordem voltem a produzir-se ou sejam caracterizados como consequências de ‘disputas internas’”, apelando ainda a uma maior protecção de membros da IURD, “a fim de garantir sua integridade física e material e a restituição de propriedades e moradias, enquanto prosseguem as deliberações nas instâncias pertinentes".

Nesse mesmo dia, o embaixador do Brasil em Luanda, Paulino Franco de Carvalho, foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, que ende

Os angolanos acusam os brasileiros de irregularidades e práticas contrárias à religião como a vasectomia, racismo e discriminação e romperam, em novembro do ano passado, com a representação brasileira em Angola encabeçada pelo bispo Honorilton Gonçalves.

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