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Casas deitadas abaixo durante a remoção da Grua do Prenda já estão a ser reconstruídas

A construção das casas que tiveram de ser destruídas durante o processo de remoção da Grua do Prenda já está em andamento. A grua, que estava em risco de colapsar, foi retirada em Maio deste ano. No entanto, para proceder à sua remoção tiveram de ser demolidas 10 casas, deixando algumas famílias desalojadas, sob a promessa de que as habitações voltariam a ser construídas e que as famílias voltariam ao bairro do Prenda num prazo de 90 dias.

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Na altura em que a grua foi removida, o Governo Provincial de Luanda (GPL) prometeu aos moradores que as habitações voltariam a ser construídas e que em três meses estariam de regresso. A promessa parece estar quase a ser cumprida: "Os trabalhos aqui não param. Estamos a trabalhar com o relógio porque temos que entregar a obra dentro do prazo previsto e esse é o nosso objectivo", disse um técnico da empresa Obra Prima – a responsável pela empreitada – ao Novo Jornal.

Sem avançar pormenores sobre a data de regresso dos moradores, tudo indica que estes serão realojados no bairro do Prenda já no próximo mês.

Domingas Manuel, uma das moradoras daquela zona, afirmou nunca ter acreditado na promessa do GPL, mas agora vê que estava errada.

"Afinal é verdade", começa por dizer. "Espero que tudo corra bem e não haja problemas na hora de nos devolverem as casas. Estou feliz porque estou a ver o governo a construir a minha casa", considerou.

Já Josefa Alfredo, outra das moradoras que teve de se mudar, disse estar ansiosa por regressar, sublinhando que se sente satisfeita "com o andamento dos trabalhos".

O GPL disponibilizou às famílias cerca de 120 mil kwanzas para arrendarem uma casa enquanto a sua não era novamente construída. No caso de Josefa, a moradora preferiu arranjar uma casa próxima do bairro. "Arrendei aqui próximo para não ficar distante do espaço, tive medo que o Governo não cumprisse com a promessa, mas pelos vistos estão a cumprir", afirmou.

Nelson Borges, presidente da comissão de moradores, explicou ao Novo Jornal que a retirada das famílias ocorreu sem problemas, esperando que a entrega das casas aconteça da mesma forma.

Considerando que a parte mais difícil da obra já está feita, o responsável disse acreditar que o governo consiga cumprir com o prazos estipulados: "A duração é de 90 dias, e já lá se vão quase 60, se não desacelerarem o ritmo em que os trabalhos se encontram, acredito que vão conseguir cumprir com o prazo. Porque as coisas estão no bom caminho".

Caso haja atrasos, o pagamento das rendas das casas onde as famílias se encontram actualmente fica ao encargo do empreiteiro, adiantou o responsável.

"Ninguém vai tirar nada do seu bolso para arrendar casas no fim dos 90 dias, caso não se cumpra o prazo, mas acredito que isso não vai acontecer porque as obras estão a caminhar no bom ritmo", realçou.

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