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Após presidência de Angola, Guiné Equatorial quer acolher cimeira da CPLP

A Guiné Equatorial quer acolher a cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2022, após a presidência angolana da organização. O desiderato foi manifestado por o assessor do Presidente equato-guineense, Murade Murargy.

CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa:

Em declarações à Lusa, Murade Murargy, assessor de Teodoro Obiang Nguema para as questões da comunidade lusófona, afirmou que Malabo, capital da Guiné Equatorial, quer receber a conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP em 2022, assumindo a presidência da organização no biénio seguinte.

As autoridades da Guiné Equatorial já tinham afirmado a sua disponibilidade para organizar a cimeira de 2020, mas não chegaram a formalizar uma candidatura nesse sentido, na XII conferência da CPLP, que decorreu nos dias 17 e 18 de Julho, em Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde.

Angola foi o país escolhido, “por unanimidade e aclamação”, para suceder à presidência de Cabo Verde, entre 2020 e 2022, após sugestão do presidente em exercício da CPLP, o chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca.

À Lusa, o também antigo secretário-executivo da comunidade lusófona (2012-2016), que acompanhou Teodoro Obiang à reunião na ilha cabo-veridana do Sal, relatou que o Presidente da Guiné Equatorial considerou “muito positiva a sua participação nesta cimeira, pois contribuiu para um sentimento de confiança entre os líderes da organização”.

Contactada pela Lusa, fonte diplomática portuguesa disse apenas que o local da cimeira de 2022 será escolhido na XIII conferência, que decorrerá em Luanda. As decisões na CPLP são tomadas por consenso.

O embaixador da Guiné Equatorial em Lisboa e junto da CPLP, Tito Mba Ada, confirmou esta intenção das autoridades de Malabo. “A Guiné Equatorial esteve disponível, está disponível e estará sempre disponível para organizar a cimeira da CPLP”, afirmou o diplomata à Lusa.

Tito Mba Ada sublinhou que o país já acolheu uma cimeira da União Africana, que reúne mais de 50 Estados, garantindo ter capacidade para realizar a reunião da organização lusófona, com nove membros.

O novo presidente da CPLP, Jorge Carlos Fonseca, Presidente de Cabo Verde, relatou, no final da cimeira do Sal, que foi ele quem propôs que Angola assuma a próxima presidência da CPLP, em 2020, algo que mereceu o apoio dos restantes líderes.

Durante a XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que decorreu entre terça e quarta-feira, Cabo Verde assumiu a presidência rotativa da organização, por um período de dois anos, e com o lema "Cultura, Pessoas e Oceanos”.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os Estados-membros da CPLP.

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