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Reabertura da emissão de eurobonds rende 520 milhões

A reabertura, em curso, da emissão de eurobonds de Maio terá de estar concluída a 23 de Julho, rendendo 520 milhões de dólares, conforme documentação governamental a que a Lusa teve acesso.

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A informação consta de um decreto executivo assinado pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, de 16 de Julho, com as "condições complementares e específicas" a esta reabertura da emissão de títulos da dívida soberana sob a forma de eurobonds, realizada a 2 de Maio e que na altura permitiu colocar, em duas parcelas, 3.000 milhões de dólares.

A reabertura da emissão de eurobonds, a segunda feita por Angola, conforme autorização do Presidente da República, é de 500 milhões de dólares, mas devido à aplicação de um juro inferior ao previsto, o documento do Ministério das Finanças prevê como "receita líquida estimada" desta operação "aproximadamente 520 milhões de dólares".

Será acrescentada à linha de emissão (uma das duas parcelas de eurobonds) de 1.250 milhões de dólares, do início de Maio, cuja maturidade é 8 de Maio de 2048.

A taxa de juro do cupão, fixa, será de 9,375 por cento ao ano, com juros pagos aos dias 15 de Junho e 15 de Dezembro de cada ano, conforme refere o mesmo decreto.

A Lusa noticiou na segunda-feira que o Governo estava já a negociar um aumento, em 500 milhões de dólares à linha de eurobonds de Maio. A informação foi confirmada por fonte ligada ao processo, acrescentando que a negociação, que é conduzida no mercado internacional pelo consórcio dos bancos formados pelo Goldman Sachs, Deutsche Bank e o ICBC (China), deverá estar concluída até final desta semana.

O Governo considerou a segunda emissão de eurobonds, em Maio, no valor de 3.000 milhões de dólares e com três vezes mais ofertas, como o início de "uma nova era" na relação com o mercado financeiro internacional.

Em comunicado enviado na altura à agência Lusa, o Ministério das Finanças referia que esta emissão de eurobonds, concretizada a 2 de Maio, contou com o interesse manifestado por investidores dos Estados Unidos da América, Europa e Ásia, tendo culminado com 500 propostas de compra de eurobonds angolanos, que totalizaram cerca de 9.000 milhões de dólares.

Uma segunda parcela, com maturidade de 10 anos e com um valor nominal de 1.750 milhões de dólares, foi emitida em Maio, neste caso com uma taxa de juro do cupão fixada em 8,25 por cento.

A primeira parcela, com maturidade de 30 anos e com um valor nominal inicial de 1.250 milhões de dólares (a que se somará o valor da reabertura agora em curso), foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 9,375 por cento.

O Ministério das Finanças destacou na altura que a "confiança manifestada pelos investidores internacionais levou a que Angola emitisse, pela primeira vez, um título no mercado internacional com maturidade de 30 anos".

Na primeira emissão do género, em 2015, Angola colocou 1.500 milhões de dólares em eurobonds, com uma maturidade de 10 anos.

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