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Economia

Estado quer atribuir rendimento mínimo para reduzir pobreza absoluta

O Governo pretende instituir no país um programa de rendimento mínimo, como “meio decisivo" para reduzir a taxa de 36 por cento da população que ainda vive no limiar da pobreza absoluta, com menos de um dólar por dia.

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Sem concretizar com detalhes, a medida surge no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, aprovado pelo Governo e publicado oficialmente a 29 de Junho, contendo um conjunto de programas com a estratégia governamental para o desenvolvimento nacional na actual legislatura, através de vários programas.

"Um dos instrumentos mais decisivos para reduzir a pobreza será a implementação de um programa de rendimento mínimo. Haverá que dar passos neste sentido, priorizando a população em situação de grande debilidade económica e social", lê-se no documento.

Segundo o Governo, nos últimos 15 anos "quase metade da população de Angola terá saído do limiar da pobreza absoluta". A taxa de incidência de pobreza no país baixou de 60 para 36 por cento, e "tem sido mais sentida a nível rural".

A população do nosso país está actualmente estimada em cerca de 29 milhões de pessoas, pelo que mais de 10 milhões sobrevivem com menos de um dólar por dia (limiar da pobreza absoluta).

"É positivo o ritmo de redução da pobreza, mas importa que haja um reforço e alargamento de âmbito das medidas que, directa ou indirectamente, podem contribuir para reduzir a pobreza e eliminar a pobreza extrema. A pobreza é um fenómeno multidimensional e, em Angola, tem uma expressão urbana e periurbana que não pode ser negligenciada", adverte o PDN.

Reconhece que "é igualmente importante a definição de uma política salarial que, sendo realista, não deixe de ser justa", alertando que uma "intervenção directa das políticas públicas, visando uma repartição mais justa da riqueza e do rendimento, tem sido de reduzido alcance, em particular a nível fiscal".

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