Em causa está um financiamento, aprovado por despacho assinado pelo Presidente João Lourenço, de 22 de Junho e ao qual a Lusa teve acesso, a celebrar entre a República de Angola e o Exim Bank of Korea e o Standard Chartered Bank, para a implementação do Projecto de Mecanização Agrícola, no valor de 115,7 milhões de dólares.
O documento justifica este financiamento com a "necessidade de se implementar os projectos integrados no Programa de Investimento Público, no âmbito da política de investimento para o desenvolvimento económico e social do país" e tendo em conta a "estratégia" do Governo, de "diversificação das fontes de financiamento".
Em despacho assinado pelo anterior Presidente da República, José Eduardo dos Santos, em Agosto de 2017, o Governo aprovou o negócio entre a sul-coreana Daedong Industrial e a Empresa de Mecanização Agrícola (Mecanagro), estatal, responsável pela preparação de terrenos para a agricultura.
O negócio é justificado por a mecanização agrícola constituir "uma das actividades preponderantes para o incremento da produção nacional" e por haver "necessidade de se implementar o Projecto de Mecanização Agrícola a nível nacional".
"No âmbito da estratégia de relançamento da actividade agrícola, com vista à garantia do aumento de novas áreas produtivas preparadas", referia o mesmo despacho presidencial.
O Governo definiu a agricultura como um dos sectores prioritários para a diversificação da economia, ainda assente na exportação de petróleo. A próxima campanha agrícola arranca em Novembro, prolongando-se até meados de 2019.
A Mecanagro é responsável pelo desbravamento de terras e terraplenagens para o sector agrícola e só em 2014 trabalhou 30.000 hectares de terrenos em todo o país, destinados a produção agrícola.