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Angola-França: novas parcerias atingem os 240 milhões. Destaque para construção de infra-estruturas

Empresários franceses e representantes angolanos assinaram esta sexta-feira em Luanda cartas de intenção de encomendas de Angola a França de pelo menos 243 milhões de dólares em construção naval e infra-estruturas.

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Estes entendimentos foram alcançados durante o fórum económico Angola-França, no âmbito da visita de Estado que o Presidente francês, François Hollande, está a realizar à capital angolana, e na presença de dezenas de empresários dos dois países.

Uma das cartas de intenção assinadas envolve a Ecoceane, empresa francesa especializada na construção de embarcações de combate à poluição marítima, e a angolana LTP Energias. As duas empresas vão formar um consórcio prevendo o fornecimento de nove embarcações antipoluição a petrolíferas que operam em Angola, com um orçamento estimado em 50 milhões de dólares.

Na abertura deste fórum, François Hollande sublinhou tratar-se de um encontro que marca a "renovação da parceria franco-angolana", depois da visita a Paris do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, em 2014, no início da reaproximação entre os dois países. No último ano, as trocas comerciais entre os dois países crescerem 70 por cento, uma percentagem "elevada" que o Presidente francês pretende ver repetida, com o país europeu apostado em participar na "diversificação da economia" angolana.

No fórum de hoje foi assinada - igualmente na presença de Hollande - uma segunda carta de intenção, representando um negócio de 195 milhões de dólares, envolvendo a francesa Eiffage e o Ministério da Construção de Angola. Prevê a construção de cinco viadutos em Luanda. Ainda 16 pontes pedonais em Luanda e 21 na província de Benguela, além de uma ponte em Cabinda.

Segundo informação divulgada durante a cerimónia, este entendimento junta-se a um outro, também entre a Eiffage e o Ministério da Construção, no valor de 200 milhões de dólares, prevendo a instalação de 104 pontes pedonais e pronto a ser executado.

Uma outra carta de intenção envolve a Hydroquest, empresa francesa especializada na montagem de estruturas flutuantes, e a angolana LTP Energias, para o fornecimento de 300 turbinas para a produção de electricidade, através de um consórcio que negociará a aquisição directamente com o Ministério da Energia e Águas de Angola.

Durante o fórum económico Angola-França, apadrinhado pelo Presidente francês e na presença de vários ministros dos dois países, foi ainda assinado um acordo entre a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e o Ministério das Finanças angolano, com a vista à instalação de uma representação daquela instituição em Luanda e ao apoio financeiro a projectos dos sectores da água, saneamento e energia.

Na mesma sessão, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, apelou às "sinergias" com a França no processo de diversificação da economia angolana, dependente das exportações de petróleo. "Angola gostaria de contar com os parceiros internacionais, nomeadamente o Governo e a classe empresarial francesa, para a materialização deste objectivo, através da realização de investimentos directos em diversas áreas no nosso país", apontou Chikoti.

O governante enfatizou que as relações entre os dois países "ganharam um novo rumo e dinamismo" desde 2014, depois da visita a França do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que então desafiou os empresários franceses a investirem em Angola.

 

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