De acordo com o documento, a que a agência Lusa teve acesso, para este resultado contribuiu sobretudo o aumento no negócio dos títulos de valores mobiliários, mas também o crescimento de 8,9 por cento a carteira de crédito.
Os mais de vinte bancos que operam em Angola registaram desta forma, em 2014, um volume de negócios global que ascende a 7,1 biliões de kwanzas, um crescimento de 3,8 mil milhões de dólares em apenas um ano, equivalente a 7,26 por cento. Segundo o relatório do BNA, o crédito bruto concedido à economia atingiu no ano passado os 3,2 biliões de kwanzas, uma subida de 8,7 por cento face a 2013.
O banco central angolano reconhece, por sua vez, que o crédito vencido nos bancos nacionais aumentou 41,6 por cento no espaço de um ano, para 465,7 mil milhões de kwanzas. "Devido ao aumento considerável do nível de incumprimento do BESA [Banco Espírito Santo Angola]", lê-se no documento. Neste caso em concreto, e após intervenção do BNA em Agosto, o banco acabou por sofrer um aumento de capital no final de Outubro, entrando a petrolífera angolana Sonangol para accionista de referência e ficando o Novo Banco português com uma posição de 9,9 por cento do capital social (quando o ex-BES português era maioritário até Outubro).
O resultado, identificado pelo banco central, é que o rácio de crédito vencido sobre o crédito total do sistema aumentou de 11,18 por cento para 14,53 por cento em Dezembro de 2014.