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Moody’s: preço do petróleo sobe para os 70 dólares em 2017

A agência de notação financeira Moody's prevê que o preço do petróleo fique nos 60 dólares este ano, acelerando cinco dólares por ano até 2017, mantendo as receitas em metade da média dos últimos anos.

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"Esperamos que os preços aumentem gradualmente dos níveis actuais durante 2016", escreve a agência de 'rating' numa nota sobre o sector, na qual afirma que "as assunções de preço a médio prazo reflectem a visão de que o equilíbrio entre a oferta e a procura deverá acabar por ser alcançado à volta dos 75 dólares por barril, um preço que deverá possibilitar o desenvolvimento do petróleo mais caro - em águas profundas e em terrenos desérticos - num ambiente de custos de desenvolvimento mais baixos que nos últimos anos".

Na nota de análise, os peritos da Moody's escrevem que esperam "que o petróleo WTI [West Texas Intermediate, o preço de referência para a América do Norte] deve ficar em média nos 55 dólares por barril e o de Brent nos 60 dólares, sendo ambos 5 dólares mais do que nas nossas previsões anteriores".

Assim, a estimativa aponta para que os preços "fiquem mais ou menos em linha com estes valores em 2016 e subam gradualmente para uma média de 70 dólares por barril em 2017", acrescentam os analistas, que ainda assim apontam alguns riscos à sua própria previsão.

"A crescente procura por crude, aliada a um crescimento lento na oferta, vai começar a colocar um limite mínimo nos preços no final de 2015, limitando ainda mais a descida dos preços e apontando para uma correcção gradual, mas vários factores podem pressionar os preços do petróleo este ano, incluindo um significativo levantamento das sanções ao Irão, que trará um grande fornecedor para o mercado mundial, e um declínio maior do que o esperado no crescimento económico da China".

Os preços do petróleo caíram 50 por cento face aos níveis de Junho do ano passado, apesar da recuperação face aos mínimos de Janeiro deste ano. A queda do preço é geralmente explicada com um excesso de oferta, o aumento da produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos, o levantamento das sanções ao Irão e a evolução económica da China, mas também com a decisão da Arábia Saudita de não permitir uma descida na produção mundial, o que prejudicou os países dependentes das exportações de petróleo para equilibrar os seus orçamentos, como e o caso de Angola, Venezuela e Rússia, mas também da Nigéria e do Brasil, por exemplo.

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