Esta terceira cerimónia, segundo um comunicado da Presidência da República a que o VerAngola teve acesso, está marcada para os dias 2 e 3 de Julho, em Luanda.
"No quadro das celebrações do 50.º aniversário da Independência Nacional, e em estrito cumprimento do estatuído na Lei n.º 2/25, de 18 de Março de 2025, sobre a instituição da medalha comemorativa alusiva à efeméride, João Lourenço, Presidente da República de Angola, dá continuidade ao processo de distinção de personalidades, ou de grupos de indivíduos, cujas acções, ao longo do percurso histórico nacional, representaram um legado perene de dedicação e serviço à Pátria", lê-se na nota.
Nesta terceira cerimónia, o Presidente vai condecorar 654 cidadãos: 155 na classe Independência e os restantes 499 na classe Paz e Desenvolvimento.
Entre os vários nomes de personalidades a serem condecoradas, destaca-se o kudurista Nagrelha, que será condecorado a título póstumo com a medalha de Paz e Desenvolvimento.
Na classe Paz e Desenvolvimento, realçam-se ainda os nomes de Adjany Costa, As Gingas do Maculusso, Banda Maravilha, N'Sex Love, SSP, Demarte Pena, entre outros.
Nas cerimónias anteriores, realizadas em Abril e Maio, foram condecorados outros 944 cidadãos, também repartidos pelas duas classes da medalha comemorativa dos 50 anos da independência.
A lista de Julho também inclui nacionalistas ligados ao MPLA, como Henrique de Carvalho Santos "Onambwe", António Dias Cardoso, Guilherme Pereira Inglês e Paulo Lara, mas também músicos e ícones culturais como Gegé (Ngola Ritmos).
Entre os distinguidos figuram também o economista Manuel Alves da Rocha, o jurista David Mendes, o constitucionalista Nelson Pestana "Bonavena", a poetisa Ana Paula Ribeiro Tavares e o escritor Ndalu de Almeida "Ondjaki".
A iniciativa tem sido criticada por alguns sectores da sociedade civil e políticos da oposição, que questionam a exclusão de Jonas Savimbi e Holden Roberto, que lideraram, respectivamente, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e foram também signatários do Acordo de Alvor, que abriu caminho à independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975.
O comunicado esclarece ainda que "por imperativos de ordem organizativa", as condecorações são atribuídas "em diferentes etapas, através de várias cerimónias por realizar ao longo do período das festividades".
