Os dados, que apontam para um 'superavit' comercial de 3,33 biliões de kwanzas no primeiro trimestre do ano, constam no boletim das Estatísticas do Comércio Externo, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
As exportações foram dominadas pelo petróleo, com a categoria "combustíveis minerais" a representar 93,18 por cento do total, enquanto as importações foram dominadas por máquinas e aparelhos (24,64 por cento), combustíveis (16,77 por cento) e metais comuns (11,86 por cento).
Os produtos alimentares representaram 9,06 por cento do total importado por Angola.
A queda de 4,8 por cento nas exportações angolanas resultou, sobretudo, de uma redução de 17 por cento no saldo da conta de bens, reflectindo a menor procura global e descida dos preços internacionais do petróleo.
No que diz respeito aos parceiros comerciais, Portugal destacou-se como o segundo maior fornecedor europeu de Angola, responsável por 10,06 por cento das importações angolanas no trimestre, atrás da China (16,81 por cento).
No total, a Ásia foi responsável por 42 por cento das importações, seguida da Europa (38 por cento) e da América Central e do Sul (8,5 por cento).
A Ásia também liderou do lado das exportações, absorvendo 75 por cento do total, com a China a manter-se como o principal destino (52,54 por cento), seguida pela Índia (8,32 por cento), Espanha (5,88 por cento) e Emirados Árabes Unidos (5,47 por cento).
As exportações para a Europa representaram 16 por cento do total das vendas angolanas enquanto África não foi além dos 5,7 por cento.
A Nigéria absorveu 39,6 por cento das exportações angolanas para o continente e a África do Sul 33,6 por cento.
Por sua vez, a nível do continente, Angola importou sobretudo da África do Sul (46,4 por cento) e do Togo (34,3 por cento).
Os dados indicam ainda que a cobertura da balança comercial diminuiu de 202 por cento para 188 por cento, sinalizando uma menor capacidade de as exportações financiarem as necessidades de importação.