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Ricardo D'Abreu: certificação do Aeroporto da Catumbela está em “fase avançada” e vai acontecer este ano

O processo para certificar o Aeroporto Internacional da Catumbela, situado em Benguela, está avançado, informou o ministro dos Transportes, Ricardo D’Abreu. O governante explicou que a certificação está dependente de uma série de medidas operacionais, procedimentos, formação de recursos humanos, revisão dos manuais, infra-estruturas e equipamentos, que se encontram em “fase avançada”, deixando a garantia de que o aeroporto será certificado ainda este ano.

: Facebook Governo Provincial de Benguela
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"Teremos uma infra-estrutura de excelência disponível para apoio à actividade aeronáutica, permitindo que voos internacionais venham para Benguela e que possa servir também em casos de emergência, caso haja necessidade de alguma aeronave pousar aqui por razões de segurança", referiu o titular da pasta dos Transportes, em declarações, citadas pela Angop, à margem do 15.º conselho consultivo do ministério, a ter lugar no Lobito.

Segundo o ministro, há outras implicações da perspectiva aeronáutica, tais como vantagens para outras entidades deste sector, destacando-se a navegação aérea.

"A partir do momento em que temos outras infra-estruturas em terra capazes de assegurar este serviço, permite também que outras rotas se possam concretizar a nível do espaço aéreo, particularmente para as aeronaves que estiverem em trânsito", apontou, citado pela Angop.

O ministro disse que também se estão a virar para o Corredor Sul (compreende a Huíla, Namibe e Cuando Cubango), que considerou ser "uma outra oportunidade" que o país tem, "que é dinamizar a cadeia de valor da região sul", acrescentando que este corredor "tem características diferentes do Corredor do Lobito, porque ainda não tem ligação fronteiriça".

Contudo, avançou que estão a "preparar as condições para, agora, no segundo semestre podermos então lançar o concurso internacional para a concessão também do Corredor Sul".

Na ocasião, também não se esqueceu do Corredor do Lobito, adiantando que as vantagens se começam a ver e que o trabalho é para continuar: "Este é um trabalho contínuo e não vai cessar. Já começou o exercício experimental de transporte de minérios da República Democrática do Congo e da Zâmbia, com cinco carregamentos semanais, com a perspectiva desse número aumentar para se cumprir com as obrigações a nível dos volumes da concessão", referiu, citado pela Angop.

Ricardo D'Abreu apontou ainda que este factor já se encontra a "criar uma dinâmica à volta do corredor, integrando outros sectores", como por exemplo, indústria e agro-negócio.

Também não deixou de fora o novo Aeroporto Internacional António Agostinho Neto, tendo referido que se apresentou um plano de acções para assegurar a operação da infra-estrutura, adiantando que esse plano está a ser executado.

"Na altura dissemos que iniciaria uma transferência operacional de carga em 2023 e de passageiros no final de 2024", lembrou, acrescentando que para arrancar com o serviço de carga foi preciso assegurar a certificação no sentido de ser capaz de recepcionar voos internacionais.

"Dissemos há um ano que os voos para passageiros estão programados para o último trimestre de 2024 e isso exige que o Aeroporto esteja certificado", destacou ainda o ministro.

O domínio da cabotagem foi outros dos temas abordados pelo titular da pasta dos Transportes que referiu que a tutela deu prioridade inicial à região norte, destacando-se Cabinda: "A dependência da província de Cabinda em relação ao sistema de transporte é muito grande e por isso foi priorizada", adiantou, tendo reconhecido que após esse serviço estar consolidado na região norte também pode vir a servir a região centro-sul, realçando a necessidade de "conseguir evoluir para o centro-sul do país".

Disse ainda que o serviço de cabotagem não é tem exclusividade do Executivo, pelo que "está aberto à iniciativa privada e aqueles que quiserem participar do projecto, comercialmente viável, têm todas as condições para o fazer".

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