Ao discursar no encerramento do fórum – cujo acto contou com a presença de José Lima Massano, ministro de Estado para a Coordenação Económica, entre outros – o ministro das Telecomunicações apontou o facto de o país possuir potencial tecnológico digital, que pode ajudar ao seu crescimento económico.
Citado pela Angop, Mário Oliveira disse que, ao longo do fórum, micro e pequenas empresas apresentaram 132 pedidos de micro-créditos, cujos 100 foram aprovados, correspondendo a um financiamento de mais de dois milhões de kwanzas.
No seu discurso deixou ainda um incentivo aos homens de negócios, bem como a outras organizações a prestarem apoio às iniciativas empreendedoras de jovens, como por exemplo as startups, entre outras.
Deixou ainda o anúncio de que a próxima edição do Angotic está marcada para Junho do próximo ano.
Já os expositores deram nota positiva ao evento por ser um "factor de apoio à diversificação económica nacional".
Fátima Almeida, directora da BayQi, foi uma das expositoras que se mostrou satisfeita com o evento, que considerou ter sido de grande dimensão, juntando potencialidades tecnológicas nacionais, africanas e mundiais.
Do ponto de vista da responsável, iniciativas deste tipo deviam ser promovidas duas a três por ano, o que acabaria por possibilitar uma maior interacção e proveito do potencial dos vários participantes do ecossistema económico.
Falando à Angop, Fátima Almeida elogiou a edição deste ano, com gratulando a equipa do evento. "Estamos desde a primeira edição e a cada ano fica, cada vez, melhor. Este esteve espectacular, mais expositores, maior espaço. Só tenho que dizer parabéns a toda a equipa do Angotic", apontou.
Enquanto João Soares, da Cegid Primavera, considerou o tema do evento ('Digitalizar, conectar e inovar') como "actual e contextualizado".
O responsável apontou o facto de se estar a "digitalizar as empresas angolanas públicas e privadas e a conectá-las com o exterior", adicionando que a inteligência artificial está a trazer inovação e que se pode oferecer ao sector soluções que passam das micro às grandes empresas.
Outro expositor que destacou a relevância do fórum foi Wiliam Oliveira, da empresa de consultoria e integração de sistemas TIS Tech. Falando à Angop, o responsável apontou que o certame ajuda na consolidação do sector das tecnologias de informação e comunicação em Angola.
Já Paulo Fernandes, do Instituto de Desenvolvimento Local (FAZ), realçou a presença de jovens criadores com startup, que, para si, apresentam soluções interessantes.
"É um espaço muito proveitoso. Recebemos mais de 400 pessoas no stand, sobretudo estudantes", acrescentou, citado pela Angop.
O Angotic 2024 teve duração de três dias (13 a 15 de Junho) no Centro de Convenções de Talatona. Recebeu mais de 15 mil visitantes, bem como participaram 125 startups e 70 empresas expositoras, num evento que possibilitou partilhar conhecimentos e momentos de networking.
O fórum contou igualmente com 170 intervenientes (tanto prelectores como oradores) que analisaram diversos temas como por exemplo "Aplicação das tecnologias disruptivas nos serviços meteorológico"; Inteligência digital: convergência inteligente"; "Soluções de pagamento digital", entre muitos outros.