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Primeira organização liderada por refugiados oficializada em Angola

A primeira organização liderada por refugiados foi oficializada, esta Quinta-feira, em Angola, país que acolhe actualmente mais de 55 mil refugiados e requerentes de asilo, foi anunciado numa cerimónia comemorativa do Dia Mundial do Refugiado.

: UNICEF/Angola/2017/Marcos Gonzales
UNICEF/Angola/2017/Marcos Gonzales  

A oficialização da "Associação para o Bem-Estar dos Refugiados em Angola", que existe desde o ano 2000 de maneira informal sobre denominação de coordenação de refugiados em Angola, foi agora dotada de personalidade jurídica, que lhe confere legalidade e legitimidade para actuar de maneira autónoma, afirmou Pedro Luai, do Serviço dos Jesuítas aos Refugiados.

A formalização, como destacou Ibrahim Kalilu, coordenador geral dos refugiados em Angola, permite agora aos refugiados, requerentes de asilo e apátridas actuarem junto das autoridades angolanas, de entidades internacionais e da sociedade em geral.

Emmanuelle Mitte, representante residente do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Angola, destacou que o país africano recebeu mais de 55 mil refugiados e requerentes de asilo e tem vindo a emitir documentos de identidade que permitem "aceder a serviços básicos como saúde ou educação, procurar emprego e integrar-se na sociedade".

"Sem documentos, os refugiados permanecem invisíveis e vulneráveis, a documentação permite integração social e é o desejo da maioria dos refugiados em Angola", sublinhou a representante do ACNUR.

O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, salientou que Angola continua a ser país de acolhimento de cidadãos estrangeiros de diversas nacionalidades que buscam protecção face a conflitos armados, fenómenos climáticos e outras situações que colocam em risco as suas vidas, destacando o compromisso do país em assegurar liberdades, direitos e garantias aos cidadãos estrangeiros, incluindo refugiados.

Na ocasião foi também assinado um acordo entre o ACNUR e a Universidade Católica que vai garantir assistência jurídica gratuita aos refugiados.

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