Na ocasião, Didier Mukanzu disse que o processo de transição no Chade foi realizado com êxito, destacando "a forma ordeira" como decorreu o acto eleitoral.
O Chade realizou eleições presidenciais em Maio deste ano, após o falecimento, em 2021, do Presidente daquele país africano, Idriss Déby, que se encontrava no poder há 30 anos.
"É a primeira vez que em África isso aconteceu, isso é surpreendente, porque tivemos as eleições no Chade de forma ordeira. As urnas abriram às 06h00 e fecharam às 18h00, as pessoas foram votar de forma ordeira e com calma", disse o enviado especial de Tshisekedi.
Didier Mukanzu destacou ainda o facto de ter sido a primeira vez que todo o material eleitoral foi levado a todos os pontos de voto, duas semanas antes do fim da campanha.
"Isso é de facto de se elogiar, porque o povo chadiano deu mostra de uma certa maturidade e foi pela primeira vez, num país africano, que um primeiro-ministro em função foi candidato, o Presidente em exercício também candidato, mas não houve derramamento de sangue, não houve distúrbio, não houve nenhum problema", sublinhou.
Idriss Déby morreu em Abril de 2021, com 68 anos, durante uma visita a soldados numa operação militar de combate a rebeldes e numa altura que tinha sido reeleito para um sexto mandato, com 79,32 por cento dos votos nas eleições presidenciais.
No dia 6 de Maio deste ano, foram realizadas eleições presidenciais no Chade, das quais foi vencedor Mahamat Idriss Déby Itno, filho do Presidente falecido, mas o resultado foi inicialmente contestado pelo seu rival nas eleições, Succès Masra, que o considerou manipulado, acabando, contudo, por aceitar a decisão do Conselho Constitucional.
Mahamat Idriss Déby Itno, o Presidente de transição e líder da junta militar do país, venceu as eleições de 6 de Maio, na primeira volta, com 61,03 por cento dos votos.
