O anúncio foi feito esta Terça-feira, na sequência de uma reunião que o titular da pasta da Energia e Águas manteve na Segunda-feira com Tom Allweendo, ministro namibiano das Minas e Energia. Citado pela Angop, Baptistas Borges adiantou que o acordo vai ser assinado pelos Presidentes de ambos os países, cuja acção vai fechar o compromisso recíproco para a concretização deste projecto.
Este encontro vai ter como antecâmara um outro entre os ministérios de tutela, nomeadamente o da Energia e Águas e o das Minas e Energias da Namíbia.
Na ocasião, o ministro disse que este projecto é essencial para alargar a rede eléctrica, bem como fomentar trocas energéticas entre ambos os dois países e também com outros países pertencentes à Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), entre os quais Botsuana e África do Sul, cujos a Namíbia já mantém uma interligação.
Segundo o ministro da Energia e Águas, o encontro serviu para aprovar o modelo de financiamento público. No entanto, este documento ainda deverá ser remetido para apreciação dos chefes de Estado.
Baptista Borges adicionou que caso de trate de financiamento público vão dispor de um ano para a mobilização de fontes de financiamento "em condições favoráveis" para levar para a frente esta empreitada.
"Se for financiamento público, teremos um ano para mobilizar fontes de financiamento em condições favoráveis para levar a cabo esta obra o mais rapidamente possível, visto que já se passaram 16 anos desde que os dois Estados tomaram tal iniciativa de construir o projecto", disse, citado pela Angop.
Relativamente ao orçamento do empreendimento, o ministro referiu que a previsão inicial de cerca de 1,3 mil milhões de dólares não se altera, explicando que o valor final estará dependente do desfecho do concurso público para contratar a empresa que vai executar a empreitada.
Recorde-se que o valor da despesa vai ser compartilhado por ambos os países, já que tanto Angola como a Namíbia vão usufruir de metade da energia produzida.
Ainda sobre a reunião com o seu homólogo namibiano, o ministro adiantou que também se tomou a decisão de concluir urgentemente o estudo de impacto ambiental, num momento em que o país já resolveu terminar a estrada que fará a ligação entre o Porto do Namibe a Baynes, com passagem pelo Yona, num troço essencial para o início do empreendimento, escreve a Angop.
Na ocasião, o ministro namibiano, Tom Allweendo, reforçou o facto da concretização deste projecto ir possibilitar o alargamento da rede ao mercado da SADC, bem como estimular o crescimento económico e industrial dos países desta região.
Citado pela Angop, também referiu que tendo em conta o actual valor da electricidade, ambos os países consideraram exequível o financiamento do empreendimento com recurso a fundos públicos em vez do privado.
Refira-se que na reunião entre os dois ministros foi ainda rubricado um pré-acordo de implementação.
