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António Costa afirma que chegou a Luanda com boas memórias e sai “com melhores memórias”

O primeiro-ministro português, António Costa, afirmou esta Terça-feira que chegou a Luanda com boas memórias e que sai agora da sua segunda visita oficial a Angola com melhores memórias, sustentando que todos os objectivos foram cumpridos.

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"O Presidente de Angola, João Lourenço, disse que desejava que partisse com boas memórias. Disse-lhe que com boas memórias já cheguei [a Luanda] e que queria sair com melhores memórias. E vou sair com melhores memórias", declarou António Costa.

Num balanço sobre a sua visita a Angola, o líder do executivo português destacou a assinatura do novo Programa Estratégico de Cooperação (2023/2027), o aumento da linha de crédito empresarial luso-angolana de 1,5 para dois mil milhões de euros, a participação portuguesa no Museu da Luta de Libertação – um projecto emblemático para Angola – e, no plano educativo, o "compromisso claro de integração da escola do Lubango na Escola Portuguesa de Luanda".

"São marcas fortes de um nível de relacionamento que hoje temos com Angola dos pontos de vista político, económico e da circulação entre povos", defendeu.

Perante os jornalistas, António Costa advogou também que Angola oferece actualmente um melhor ambiente para negócios, assinalando a este nível a existência de um novo quadro jurídico.

"Em 2018, um dos temas centrais era o de iniciarmos o processo de certificação das dívidas. Hoje, 80 por cento das dívidas certificadas já estão pagas, o que representou um esforço grande por parte do Estado angolano num contexto difícil de dramática crise global em consequência da covid-19. E o processo de certificação prossegue. Ainda na Terça-feira, o Presidente João Lourenço transmitiu que continuará a dar força a este processo de certificação", referiu.

Para António Costa, há "um compromisso efectivo do Estado angolano com as empresas portuguesas".

"O Presidente João Lourenço fez um apelo claro no sentido de que as empresas portuguesas participem nos processos de privatização que o Estado angolano vai lançar", apontou.

Em relação aos vistos para a circulação de pessoas, o primeiro-ministro admitiu que esse ponto "ainda é um problema".

"Foi assinado um acordo de mobilidade no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), foi uma proposta portuguesa, em particular minha. Já temos o acordo assinado, já se transpôs para a legislação nacional e há agora um esforço de aplicação que tem melhorado mas ainda não está num nível que eu gostaria que estivesse", assumiu.

De acordo com o líder do executivo português, a sua visita oficial cumpriu os objectivos delineados pelo seu Governo.

"Além das áreas tradicionais, há agora uma diversificação dos sectores de cooperação, abrangendo o turismo ou o agro-alimentar. Senti uma resposta muito positiva por parte das empresas portuguesas", acrescentou.

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