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Economia

Inflação acelera ligeiramente para 22,8 por cento este ano

A consultora NKC African Economics estima que a inflação média de Angola acelere ligeiramente este ano, passando de 22,3 por cento em 2020 para 22,8 por cento, com a introdução do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA) a pressionar os preços.

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"Apesar de o kwanza ter estabilizado nos 650 kwanzas por dólar no último mês devido aos preços elevados do petróleo, a forte depreciação dos últimos anos ainda está a contribuir para a inflação elevada, e a implementação do IVA está também a pressionar a subida dos preços", escrevem os analistas da NKC, antecipando uma ligeira subida da inflação este ano, para 22,8 por cento.

No comentário sobre a evolução dos preços em Angola, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas desta filial africana da britânica Oxford Economics apontam que "a moeda angolana deverá continuar vulnerável à frágil recuperação na procura mundial devido às novas vagas de infecções de covid-19 nos países desenvolvidos, apesar do progresso com os programas de inoculação".

Na semana passada, o Banco Nacional de Angola (BNA) reviu em alta a inflação para 2021, esperando que atinja os 19,5 por cento no final do ano contra os 18,7 por cento inicialmente previstos, tendo em conta o choque de oferta registado nos quatro primeiros meses.

A informação foi divulgada após a reunião do Comité de Política Monetária do BNA, a 10 de Junho, na qual foram analisados o comportamento recente e as perspectivas dos principais indicadores económicos, tendo presente o desenvolvimento actual da situação pandémica.

O BNA aponta a "lenta recuperação" da economia internacional, apesar dos progressos da vacinação em vários países e da introdução de estímulos fiscais e monetários, bem como "pressões inflacionistas", com origem no lado da oferta, a nível nacional.

O Índice de Preços no Consumidor Nacional registou uma variação de 1,78 e 2,09 por cento em Março e Abril de 2021, respectivamente, levando a inflação acumulada para 7,65 por cento e a homóloga para 24,82 por cento em Abril.

"O aumento da inflação decorreu, fundamentalmente, do maior incremento na variação de preços da classe alimentação e bebidas não alcoólicas, reflexo do choque de oferta agregada de bens alimentares, justificado pela redução da oferta interna que não foi suficientemente compensada por importações", explica o BNA numa nota divulgada no seu 'site' na Internet.

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