Esta etapa obrigatória a todos os candidatos seleccionados é uma porta de entrada para se tornarem alunos da escola de tecnologia e uma oportunidade para passar para a “piscina”, a última fase de selecção, de acordo com Djamila Almeida, da comissão instaladora.
“Estamos a falar de quatro semanas intensivas, que nós chamamos de alta pressão, uma espécie de recruta em que os alunos são submetidos a diversos desafios que exigem, no mínimo, dez horas diárias e presenciais na Escola. Se os alunos passarem à piscina, passam a ser candidatos da Escola 42 Luanda”, explicou.
Após obedecerem às etapas de selecção e formação, Djamila Almeida disse que os candidatos vão frequentar um período de estágio e, posteriormente, escolher uma especialização em áreas como cibersegurança, arquitectura de redes e aplicação de telemóveis.
Os primeiros candidatos seleccionados para conhecerem as instalações são maioritariamente jovens dos 18 aos 28 anos, dos quais dez por cento são do sexo feminino.
Liliana Watele, uma das poucas que representa o género feminino, é estudante do terceiro ano de informática. Apesar de já se considerar programadora, candidatou-se porque quer ter uma certificação internacional, estagiar e trabalhar numa empresa de referência quando terminar a formação.
“Isto é uma grande oportunidade e eu não podia ficar de fora. Saber que existem mulheres que estão a entrar nesse ramo da informática que outrora era dominado por homens é muito gratificante e espero que mais mulheres venham”, disse, em comunicado divulgado pelo Governo.
Dois primos, Fábio Robalin e Nelson Gomes, vindos da província do Huambo, esperam passar por todas as fases de selecção, frequentar a formação e terminar o curso. Acreditam que com este curso têm 100 por cento de garantia para ingressarem ao mercado de trabalho.
Por seu lado, Dumilde Daniel, engenheiro dos petróleos, e Edgar de Carvalho, gestor de computação, partilham da mesma opinião quanto à importância do curso de programação. Para o primeiro, é muito importante, porque abrange qualquer área profissionalizante, e para o segundo, a formação permite aprimorar as qualidades de quem pretende ser um bom programador.