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FLEC reivindica morte de 13 soldados em confrontos na província de Cabinda

A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) reivindicou a morte de 13 militares das Forças Armadas Angolanas (FAA), em confrontos naquele enclave, que provocaram ainda a morte de dois militares seus.

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Num designado "comunicado de guerra", tornado público esta Segunda-feira, a FLEC afirma que os confrontos aconteceram na manhã de Sábado, 6 de Junho, nas vilas de Macama-Nzila e Ndongo Buba, zona fronteiriça entre Cabinda e a República Democrática do Congo.

Segundo a FLEC, os confrontos com "armas pesadas" resultaram de uma vasta ofensiva lançada pelas FAA contra a posição das Forças Armadas Cabindesas (FAC) e se estenderam até outras aldeias fronteiriças, a 30 quilómetros de Cabinda, até as 09h00 de Domingo.

"O objectivo da operação angolana era de capturar um oficial superior das FAC, infelizmente eles caíram em unidades especiais dos comandos da FLEC/FAC", lê-se no comunicado.

O documento assinala a "morte em combate de dois comandos das FAC, nomeadamente um comandante operacional e o seu guarda-costas, de 13 soldados das FAA, que registaram também 11 feridos".

Na sequência dos combates, adianta a FLEC, as Forças Armadas Cabindesas recuperaram "várias armas de guerra e medicamentos abandonados pelos soldados angolanos na floresta do Maiombe".

De acordo com a mesma informação, também foram realizados intensos combates na fronteira com o Massabi, por volta das 17h00, e soldados terão feito uma incursão no território da República do Congo e morto cinco pessoas.

No comunicado, a FLEC refere que Cabinda "é um território ilegalmente invadido por Angola e a população local está sob terrível opressão por parte do Governo angolano".

"Os cabindeses são refugiados em seu próprio território e querem uma solução negociada pela voz do diálogo", observa-se no documento, assinado pelo general António do Rosário Luciano, porta-voz do Estado-Maior-General das FAC.

A FLEC, através do seu "braço armado", as FAC, luta pela independência no território alegando que o enclave era um protetorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.

Criado em 1963, a organização independentista dividiu-se e multiplicou-se em diferentes facções, efémeras, com a FLEC/FAC a manter-se como o único movimento que alega manter uma "resistência armada" contra a administração de Luanda.

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