A reação das autoridades surge depois de notícias divulgadas por órgãos de comunicação social e redes sociais dando conta da morte dos animais por doença não identificada.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pescas, o primeiro lote de 1167 animais chegou a Angola no mês de Março e foi instalado num centro de quarentena no Complexo da Agro-Quiminha, na província de Luanda, numa área de 140 hectares, para a observação e rastreio de doenças, tendo chegado até agora ao país 4351 cabeças de gado referentes à primeira fase do processo.
Este gado vai servir para implementar o Programa de Desenvolvimento Agropecuário do Planalto de Camabatela, que compreende as zonas convergentes das províncias do Cuanza Norte (municípios de Ambaca e Samba Cajú) e Uíje (municípios de Negaje, Puri, Uíje, Alto Cawale, Cangola, Damba, Bungo e Mucaba).
Os bovinos foram observados na Quiminha por técnicos do Instituto dos Serviços de Veterinária e Instituto de Investigação Veterinária, tendo sido realizadas várias intervenções aos animais, nomeadamente a recolha de amostras de sangue e fezes para o despiste de doenças como hemoparasitoses e endoparasitoses, assim como outros testes laboratoriais.
Num comunicado de imprensa, o ministério adianta que já foram entregues aos beneficiários do programa agropecuário que está a ser implementado no Planalto de Camabatela 2050 animais.
No entanto, 27 morreram durante o transporte e 358 nas fazendas destinatárias, devido a "deficiências constatadas nas infra-estruturas", adianta o ministério sem explicitar a causa da morte, salientando que a situação está a ser corrigida, "visando criar condições para os futuros recebimentos".
As autoridades admitem ainda que começaram a surgir algumas doenças no centro de quarentena, sobretudo nos últimos lotes, que exigiram análises de confirmação laboratorial.
As amostras (228) foram enviadas para a Namíbia, tendo 57 apresentado resultado positivo para pneumonia contagiosa dos bovinos, tendo já as autoridades angolanas tomado medidas.
No comunicado, o Ministério da Agricultura e Pescas informa que uma equipa técnica angolana está a ser preparada para se deslocar em breve ao Chade e "com os seus homólogos, no terreno, encontrar as melhores soluções técnicas, para que esta tarefa, decidida entre os dois Estados, prossiga da melhor forma em benefício dos seus respectivos países e povos".