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MPLA: transição com saída de José Eduardo dos Santos decorre com “harmonia”

O MPLA garantiu que o processo de transição política no partido, com a saída do presidente, José Eduardo dos Santos, cargo ao qual concorre o chefe de Estado, João Lourenço, decorre num "ambiente de perfeita harmonia".

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A informação consta do comunicado da reunião do secretariado do Bureau Político do MPLA, realizada esta Terça-feira em Luanda sob direcção de João Lourenço, que é também vice-presidente do partido, a qual antecede o Comité Central da próxima Sexta-feira, durante o qual será formalizada a convocatória do sexto congresso extraordinário, previsto para 8 de Setembro, com a eleição do novo líder.

"O secretariado do Bureau Político considerou que o processo de transição política na liderança do MPLA está a decorrer num ambiente de perfeita harmonia, ampla participação e aceitação dos militantes, na salvaguarda dos princípios e valores do MPLA, com vista ao reforço da sua unidade e coesão", lê-se no mesmo comunicado.

Na mesma reunião de foi apreciado ainda o Plano de Realização do Acto de Convocação do sexto congresso extraordinário, "a decorrer em todas as províncias do país, de forma a manter os militantes, amigos e simpatizantes do partido esclarecidos e envolvidos na preparação e realização do magno evento".

O Comité Central do MPLA já tinha aprovado no final de Maio a proposta de candidatura de João Lourenço, vice-presidente do MPLA e chefe de Estado desde Setembro, ao cargo de presidente do partido, que é liderado desde 1979 por José Eduardo dos Santos.

José Eduardo dos Santos, de 75 anos, anunciou em 2016 que deveria deixar a vida política activa este ano, tendo confirmado a sua saída, na última sessão extraordinária do Comité Central do MPLA, realizada a 25 de Maio, argumentando que "tudo o que tem um começo tem um fim".

A liderança do MPLA foi assumida por José Eduardo dos Santos a 21 de Setembro de 1979, na sequência da morte do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, a 10 de Setembro do mesmo ano, em Moscovo.

Na altura, com 37 anos, José Eduardo dos Santos admitiu que não seria "uma substituição fácil nem possível".

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