A informação foi avançada pelo presidente da CNE, André da Silva Neto, no final de um encontro que manteve com o ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares.
André da Silva Neto considerou bastante frutífera a reunião, de iniciativa do titular da pasta do Interior, salientando que um dos assuntos abordados foi a presença dos observadores internacionais.
O presidente da CNE lembrou que os observadores internacionais "vão precisar não só de facilidade de vistos de entrada como de protecção para a sua integridade física para não sofrer qualquer moléstia".
Segundo André da Silva Neto, o plenário da CNE vai trabalhar esta Sexta-feira e Sábado para começar a expedir os convites para que as entidades venham observar as eleições.
"Estamos a trabalhar neste momento, o plenário da CNE ainda vai reunir esta semana, para formular os convites para os observadores internacionais, prevemos ao nível nacional e internacional, um total de três mil observadores, já estão definidas as quotas para os observadores internacionais", disse.
Além da questão dos observadores, o encontro serviu para abordar outros aspectos, entre as quais teve referência especial o assunto do mapeamento que está a ser levado a cabo, o transporte do material eleitoral, para os destinos indicados.
Acrescentou que o processo tem decorrido com normalidade, sem "constrangimento de qualquer natureza".
Por sua vez, o ministro do Interior disse que recebeu informações úteis sobre a organização do processo eleitoral, que vão facilitar a intervenção dos efectivos na garantia da segurança das eleições.
Ângelo Veiga Tavares referiu que convidou a CNE a fazer parte do encontro previsto para Julho com os partidos políticos concorrentes às eleições, para abordar questões sobre a segurança, para que as eleições decorram com tranquilidade.
"Recebemos da CNE todas as informações sobre a organização do processo, trocamos algumas impressões, transmitimos também algumas inquietações, alguns pontos de vista e iremos continuar a manter esse diálogo permanente até a realização do pleito eleitoral", disse.
O governante reiterou que o comportamento de conduta adequada dos cidadãos, de respeito pela diferença, depende também dos discursos adequados dos partidos políticos.
"Se todos os cidadãos portarem-se bem, se entre políticos tiverem um discurso adequado, e nós temos estado a insistir muito nisso, nós pensamos que não haverá perturbações no processo", disse.