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Presidente da Comissão Nacional Eleitoral pede voto responsável aos angolanos

O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana defendeu que as eleições gerais de 23 de Agosto apenas podem ser genuinamente democráticas "quando os eleitores depositarem os seus votos de forma consciente e responsável".

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André da Silva Neto discursava em Luanda, no lançamento da Campanha de Educação Cívica Eleitoral para as eleições gerais de 2017, que vai decorrer até ao acto de escrutínio, para esclarecer os cidadãos sobre o objectivo das eleições, as diversas fases do processo eleitoral e o modo como o eleitor deve votar.

Para o presidente da CNE, é importante que a campanha tenha "larga abrangência", devendo chegar aos cidadãos das comunidades mais recônditas do país "de forma adequada e perceptível", e com melhores resultados transmitidas em línguas nacionais.

"A educação cívica não deve ser ambígua, não deve ter duplo sentido, não deve gerar dúvidas ou conter omissões que possam gerar conflitos", destacou.

De acordo com André da Silva Neto, as eleições só poderão ser genuinamente democráticas se os eleitores puderem entender as diferenças entre os programas dos partidos.

"Os eleitores devem entender como votar e em quem votar no dia das eleições e saber com antecedência onde fica localizada a sua assembleia de voto, para que no dia 23 de Agosto saiam de casa de forma descontraída e sem qualquer constrangimento", frisou.

A campanha será desenvolvida em três fases, sendo a primeira para transmitir aos cidadãos conhecimentos sobre democracia, cidadania e o conceito das eleições gerais, a segunda dedicar-se-á ensinar os eleitores como consultar os cadernos eleitorais, identificar os seus nomes e a localização da sua assembleia de voto.

A última fase da campanha visa esclarecer os eleitores sobre o que é o voto, onde e como votar e a importância do voto.

São objectivos concretos da campanha incentivar os cidadãos a participar com civismo e maciçamente nas eleições, ensinar a importância da sua participação para a eleição dos deputados e, por via indirecta, do Presidente da República e vice-Presidente, informar sobre a data, locais, mesa da sua assembleia de voto e horário da realização do escrutínio.

Com essa acção, a CNE pretende igualmente contribuir para um clima de paz, concórdia e tranquilidade antes, durante e após o anúncio dos resultados do pleito eleitoral.

O presidente da CNE apelou no seu discurso à união dos angolanos, "na necessidade de preservar a paz" que tanto custou a conquistar, "gritando em uníssono voto pela paz e pela democracia (lema das eleições gerais de 2017)".

"E que cada um faça a sua parte para que as eleições gerais de 2017 seja uma festa da democracia", exortou André da Silva Neto.

O processo deverá envolver organizações político-partidárias, organizações não-governamentais, igrejas, autoridades tradicionais e associações socioprofissionais.

Angola contará com 9.317.294 de eleitores nas eleições gerais de Agosto, segundo dados oficiais que o Ministério da Administração do Território entregou à Comissão Nacional Eleitoral.

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