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Economia

Estado emite dívida pública para financiar construção de barragem

O Estado emitiu 400 milhões de dólares em Títulos do Tesouro para financiar a construção, em curso, do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, informou o banco que liderou o sindicato bancário responsável pela operação.

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De acordo com informação enviada à Lusa pelo Banco de Negócios Internacional (BNI), trata-se de uma emissão de dívida pública em moeda nacional até 10 anos, sendo que a primeira tranche já disponibilizada, no montante de 18.161 milhões de kwanzas (109 milhões de dólares), teve igualmente a participação do Banco Millennium Atlântico e do Banco Angolano de Investimentos.

"Tendo sido destinada ao Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, projecto de extrema relevância no contexto da Economia Nacional", escreve o BNI.

O primeiro grupo gerador daquela barragem, na província de Malanje, a maior obra pública em construção no país, começa a produzir 334 MegaWatts (MW) de electricidade a partir de 21 de Julho, estando já em fase de testes.

Localizada entre as províncias do Cuanza Norte e Malanje, aquela barragem foi encomendada pelo Estado por 4,3 mil milhões de dólares, envolvendo financiamento da linha de crédito do Brasil, movimentando cerca de nove mil trabalhadores.

Desde 11 de Março que o enchimento em Laúca está a condicionar a operação nas restantes barragens já instaladas no rio Kwanza, devido ao reduzido caudal, limitando o fornecimento de electricidade da rede pública a Luanda, por norma, a poucas horas por dia.

Em quatro meses está previsto que a barragem de Laúca atinja a quota 830, equivalente a uma albufeira com um volume de água de mais de 2500 milhões de metros cúbicos, sendo por isso a maior no país.

O enchimento da barragem de Laúca só terminará em 2018, com a elevação até à quota 850, completando o reservatório na sua totalidade e permitindo a entrada em funcionamento das seis turbinas que estão instaladas e uma produção de cerca de 2070 MW de electricidade, mais do dobro da capacidade das duas barragens - Cambambe (960 MW) e Capanda (520 MW) - já em funcionamento no rio Kwanza.

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