A informação consta do relatório semanal do BNA sobre a evolução dos mercados monetário e cambial entre 12 e 16 de Junho, e surge após 376,4 milhões de euros e 118,9 milhões de euros nas duas semanas anteriores.
Segundo o documento, consultado pela Lusa, as divisas disponibilizadas - mantêm-se exclusivamente em euros há mais de um ano - em vendas directas equivalentes a 160,5 milhões de dólares, cobriram as necessidades do sector produtivo (53,7 milhões de euros), bem como operações com cartas de crédito emitidas pelo BNA (12,2 milhões de euros), neste caso "para atender as necessidades com bens alimentares e do sector produtivo".
Foram igualmente disponibilizadas divisas para a cobertura de operações dos sectores da saúde (9,2 milhões de euros) e de operações dos ministérios e organismos do Estado (12,4 milhões de euros).
Depois de um período de interrupção, o BNA voltou a disponibilizar divisas para operações das Casas de Câmbio (4,5 milhões de euros) e empresas de envio de remessas de dinheiro para o exterior (4,5 milhões de euros), além da cobertura das operações de cartões de crédito usados fora do país (8,9 milhões de euros).
A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada pelo banco central no final da última semana, manteve-se inalterada nos 166,742 kwanzas por cada dólar e nos 186,296 kwanzas por cada euro, e praticamente sem mexidas há mais de um ano.
No mercado de rua, a única alternativa, embora ilegal, face à falta de divisas aos balcões dos bancos, cada dólar norte-americano custa à volta de 390 kwanzas.