A informação foi avançada pelo ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares, à margem da inauguração da empresa CAPROS, afecta à Caixa de Protecção Social daquele ministério, que deverá igualmente ocupar-se pela construção de projectos habitacionais e impulso produtivo dos estabelecimentos penitenciários do país, nas áreas industrial e agropecuária.
"Neste momento, a empresa já está a fazer algumas diligências no sentido de adquirir esses meios, que serão depois comercializados e vendidos às empresas de segurança e gradualmente nós iremos retirando as armas de guerra que estão em posse dessas empresas de segurança privada", disse o ministro, em declarações à imprensa.
Em 2014, foi aprovada a Lei sobre as Empresas Privadas de Segurança, que prevê a retirada gradual de cerca de 30 mil armas de guerra, na posse destes elementos, por outras de autodefesa.
Na altura, em entrevista à Lusa, o coordenador da Comissão nacional para o Desarmamento da População Civil e segundo comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-chefe Paulo de Almeida, sublinhou que a substituição gradual dessas armas dependeria do fornecimento de armas de autodefesa.
"Eles vão ter que necessariamente importá-las, procurar outros mercados para adquirirem essas armas e depois há todo um procedimento de verificação, fiscalização, controlo e então vai levar um certo tempo", disse Paulo de Almeida.
Angola tem em curso desde 2008 o processo de desarmamento de civis, no entanto, a maior preocupação são as armas em posse das empresas de segurança privada, muitas delas indo parar às mãos dos delinquentes por negligência do pessoal.