A informação foi confirmada em declarações à agência Lusa, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração do maior banco privado nacional, Fernando Teles, dando conta que o primeiro espaço Bank BIC Namíbia será em Windhoek, a capital, ocupando um edifício de quatro pisos, junto à embaixada angolana.
"É um novo banco, num país que está em crescimento, que está próximo e que tem afinidades a Angola, com a presença de muitos empresários angolanos que lá trabalham e têm os seus investimentos. Por outro lado, é uma forma também de ajudarmos um bocadinho a Namíbia a crescer", apontou Fernando Teles.
O universo do Banco BIC, que inclui também a operação em Portugal, é detido a 42,5 por cento do seu capital social pela empresária Isabel dos Santos, a mesma percentagem atribuível a Fernando Teles.
A licença para o BIC operar na Namíbia foi emitida em 2014 pelo banco central daquele país, que partilha uma vasta fronteira com o sul de Angola.
Segundo o presidente do conselho de administração, a perspectiva passa por abrir agência, entre balcões e centros de empresa, em mais "cinco a seis cidades" namibianas, num prazo de "um a dois anos". "Vamos estar mais virados para as empresas, mas não vamos recusar a abertura de contas particulares. Mas vai ser um banco virado essencialmente para as empresas", explicou.
A operação na Namíbia inicia-se com cerca de 30 trabalhadores, tendo o Bank BIC como presidente da comissão executiva Jorge Veiga, ex-director central em Angola, e integrando o conselho de administração elementos namibianos, como é o caso de Lindsay Crawford, que já passou pela administração de vários bancos em Windhoek.
