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Economia

Angola é o único destino das exportações de mais de cinco mil empresas portuguesas

A realidade é clara e os números comprovam-no. Mais de cinco mil empresas portuguesas dependem exclusivamente do nosso país para exportarem os seus produtos.

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Cerca de nove mil empresas portuguesas exportam para Angola. Conta certa, o número fixa-se em 9440. Destas, mais de metade não vende para nenhum outro mercado externo, dependendo a 100 por cento do mercado angolano nas vendas para fora do seu país. A notícia avançada pelo jornal Público tem por base dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística português.

De acordo com esta publicação, no ano passado, estas exportações representaram cerca de 1,3 milhões de dólares, ou seja, 41 por cento do montante arrecadado com as exportações portuguesas para Angola.

Mas os números não se ficam por aqui. Há ainda empresas que embora façam referência a outros destinos, é para Angola que direccionam em grande parte os seus produtos. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística daquele país, citados pelo Público, 660 dependem a 91 e 99 por cento do nosso país. A estas somam-se outras 522 com uma exposição de 76 a 90 por cento.

Os números surgem numa altura em que as importações angolanas de produtos made in Portugal estão em queda. O ministro da Economia português, anunciou hoje em Luanda, que mais de 300 empresas lusas já recorreram à linha de crédito de 500 milhões de euros criada para reforçar a tesouraria das empresas portuguesas que exportam para Angola.

"Há mais de 300 empresas que estão a recorrer a esta linha de crédito e nós no Governo, em concreto no Ministério da Economia, estamos atentos porque se for necessário ampliar esses 500 milhões assim o faremos, ou proporemos em Conselho de Ministros", disse António Pires de Lima, citado pela Lusa.

De acordo com o ministro, esta linha de financiamento, operacional desde Abril, serve também para apoiar as cerca de cinco mil empresas portuguesas que têm Angola como único destino das exportações.

Esta actividade está a ser afectada pela crise económica nacional, decorrente da forte quebra nas receitas com a exportação de petróleo, com as vendas de Portugal a caírem 25 por cento no primeiro trimestre do ano, o que levou o ministro português a assumir o "conselho" aos empresários nacionais para diversificarem os destinos de exportação.

"É muito importante que a economia angolana diversifique fontes (de receita), e esse é um objectivo dos responsáveis angolanos, assim como é importante que as empresas portuguesas diversifiquem os seus mercados", apontou o governante português.

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