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Angola LNG vai voltar a exportar no primeiro trimestre de 2016

A fábrica Angola LNG deverá voltar a exportar gás natural liquefeito durante o primeiro trimestre de 2016, quase dois anos após problemas técnicos na unidade terem obrigado à suspensão da produção.

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Instalada no Soyo, província do Zaire, no norte de Angola, a fábrica está paralisada desde 10 Abril de 2014, tendo sido lançada uma intervenção de reabilitação na unidade, cujo consórcio responsável pelo investimento estima estar terminada até final do ano. "Deverá recomeçar a produzir gás natural liquefeito [LNG] no quarto trimestre de 2015, pelo que deverão realizar-se carregamentos de exportação no decorrer do primeiro trimestre de 2016", refere a Angola LNG em comunicado enviado à Lusa.

O nível projectado de produção da unidade é de cerca de 5,2 milhões de toneladas de LNG por ano, mas a laboração foi então suspensa "devido a uma falha num dos gasodutos do sistema de queima de gás", acidente do qual, garante a empresa, "não resultaram quaisquer danos pessoais e ambientais". "A paragem da fábrica foi prolongada de modo a permitir à empreiteira, Bechtel, a resolução das anomalias relativas ao incidente e, ao mesmo tempo, melhorar a capacidade produtiva fabril", lê-se na mesma informação.

O acidente de 2014 foi alvo de uma investigação e a administração do projecto, liderado pela petrolífera norte-americana Chevron, confirmou em Maio de 2014 que decidiu avançar com a correcção dos "aspectos ligados ao incidente", resolvendo igualmente os "problemas relacionados com a capacidade da fábrica".

A Angola LNG, que produz gás natural super-refrigerado para exportação, tinha vindo a sofrer sucessivas quebras de produção desde que foi inaugurada, em Junho de 2013. Lançado em 2007 para aproveitar o gás natural resultante da exploração petrolífera - que sem esta unidade é reintroduzido nos poços ou queimado - o projecto reúne, além da Chevron (36,4 por cento), a angolana Sonangol (22,8 por cento), a britânica BP Exploration (13,6 por cento), a italiana Eni (13,6 por cento) e a francesa Total (13,6 por cento).

Conta com uma duração prevista mínima de 30 anos e representa, isoladamente, o maior investimento de sempre em Angola, em termos da indústria nacional de gás e petróleo. Através da fábrica, está prevista a recolha, processamento, venda e entrega de gás natural liquefeito, além de propano, butano e condensados, a partir da sua instalação no Soyo. A capacidade de produção da Angola LNG envolve ainda de 125 milhões de metros cúbicos de gás natural para consumo doméstico.

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