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INE promete resultados preliminares do censo em Setembro

O INE anunciou esta Sexta-feira que os dados preliminares do censo populacional 2024 serão divulgados em Setembro e admitiu indisponibilidade financeira para liquidar a dívida a fornecedores, avaliada em oito mil milhões de kwanzas.

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A informação foi transmitida esta Sexta-feira pelo director geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), Joel Futi, dando conta que neste momento decorre o processo de emparelhamento de dados do censo populacional, que terminou em Novembro de 2024, e o inquérito de cobertura (pós censitário) realizado em Dezembro.

Em declarações à margem da cerimónia de apresentação dos resultados do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2023-2024, Joel Futi fez saber também que o órgão que dirige não tem, neste momento, “dívidas efectivas” com os agentes recenseadores.

Deu a conhecer que a INE gastou cerca de quatro mil milhões de kwanzas para liquidar as dívidas com os agentes que trabalharam no Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH) 2024, que decorreu entre 19 de Setembro e 19 de Sovembro em todo o país.

As autoridades assumiram publicamente constrangimentos verificados no decurso do RGPH, processo inicialmente previsto para 19 de Julho de 2024, mas com início em 19 de Setembro e que deveria ter terminado a 19 de Outubro, mas posteriormente prorrogado para 19 de Novembro, seguindo-se a fase de repescagem ou pós censitária, que terminou em Dezembro.

Dezenas de agentes recenseadores a nível de Angola reclamaram, na sequência da operação, o pagamento dos respectivos subsídios.

Esta Sexta-feira, o director geral do INE salientou que o censo populacional envolveu cerca de 160 mil agentes e com várias empresas prestadores de serviços, referindo que a operação foi “complexa e teve uma máquina muito pesada”.

Assegurou, no entanto, que neste momento a instituição não tem, de forma efectiva, dívidas com os agentes recenseadores, admitindo, contudo, que existem reclamações pontuais, sobretudo em Luanda, mas que têm sido atendidas.

“A situação está controlada, está tranquila, somente em Luanda é que temos ainda alguns casos (…). Temos alguns grupos de agentes organizados que tentam fazer alguma manifestação em frente às nossas instalações, mas pontualmente estamos a cuidar do caso desses agentes”, garantiu.

Em relação à dívida do INE para com os fornecedores, Joel Futi deu nota que esta está avaliada em cerca de oito mil milhões de kwanzas, considerando que nesta matéria os “desafios são maiores”, sobretudo por falta de disponibilidade financeira do instituto.

“Quanto [à dívida] às empresas, aí os desafios são maiores, porque ainda não temos disponibilidade financeira. Mas, temos estado a dizer às empresas para estarem tranquilas (…) e estamos a trabalhar com o Ministério das Finanças para ver se ainda no decurso deste ano fazemos esses pagamentos”, concluiu o director do instituto.

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