Após a cerimónia desta Quinta-feira, onde entre os condecorados se destacam nomes como Maria Eugénia Neto (viúva de Agostinho Neto) e o general cubano Leopoldo Cintra Frias, alguns dos distinguidos mostraram-se honrados com a homenagem.
É o caso do antigo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, general de exército reformado Geraldo Sachipengo Nunda. Citado num comunicado do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso, o general Nunda mostrou-se "honrado por ter sido homenageado com a medalha da classe Independência".
O ex-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas considerou que "a distinção também é uma homenagem aos soldados que estiveram sob seu comando", tendo aproveitado para "apelar aos jovens para se capacitarem, a fim de servirem" o país, pois "o futuro é obra da juventude".
"O país que queremos, a África que queremos, a Angola que nós queremos é obra dos nossos filhos, dos nossos netos. Portanto, apreendam todos os conhecimentos que o mundo tem para servir Angola", disse, citado no comunicado.
Entre os condecorados está também o general reformado Francisco Higino Lopes Carneiro, que se mostrou satisfeito e grato com a distinção.
"Já o general reformado Francisco Higino Lopes Carneiro, distinguido com a medalha da classe Independência, disse sentir uma enorme a satisfação e gratidão pelo reconhecimento que o país lhe reservou", lê-se na nota.
"Também na classe Independência mereceu distinção, a título póstumo, o antigo vice-presidente da UNITA, Jeremias Kalundula Chitunda, representado na cerimónia pela filha Rosária Chitunda que recebeu a medalha", aponta o CIPRA.
Na ocasião, Rosária Chitunda agradeceu a distinção: "Estamos imensamente agradecidos por este reconhecimento, é uma honra. Ele viveu para o povo angolano e morreu fazendo o que gostou pelo angolano. E essa medalha representa isso".
Já na classe Paz e Desenvolvimento, entre os condecorados destaca-se o antigo governador do Banco Nacional de Angola e actual presidente do Conselho de Administração da Unitel, Aguinaldo Jaime, que se mostrou "feliz pelo reconhecimento do seu contributo à Nação".
"O meu contributo é apenas mais um entre muitos outros e acredito que isso vai servir para encorajar as gerações futuras para contribuírem para as tarefas do desenvolvimento do país e da sua reconstrução", afirmou.
"Outra figura que mereceu distinção nessa categoria foi o líder da igreja Tocoísta, Dom Afonso Nunes, que enalteceu a importância do acto, por representar, na sua opinião, um momento de comunhão", lê-se na nota.
Também o jornalista da Televisão Pública de Angola Ernesto Bartolomeu viu "o seu esforço para o desenvolvimento do país reconhecido ao ser condecorado pelo Presidente da República".
O jornalista mostrou "bastante emocionado": "Estou bastante emocionado. Quando comecei esta profissão, nunca, em toda a minha vida, imaginei que passados 40 e tal anos eu pudesse estar numa cerimónia como esta".
Dividida em dois dias, entre esta Quinta e Sexta-feira, a segunda cerimónia de condecorações vai distinguir um total de 698 figuras nacionais e internacionais. Assim, as condecorações prosseguem esta Sexta-feira, em cerimónia orientada pelo Presidente da República, João Lourenço.
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