"Temos aqui uma interacção de interesse daquilo que é mútuo e naquilo que é parceria Angola-Moçambique. Esta é a primeira de várias visitas que vão ocorrer naquilo que é a operação Moçambique-Angola [na] banca e seguros e naquilo que é o nosso ecossistema", disse à comunicação social Sofia Chival, presidente da Prefira Seguros, uma moçambicana residente em Angola há 17 anos.
Chival referiu existirem "muitos modelos de cooperação" entre Moçambique e Angola, assinalando uma relação "muito boa" entre os dois países africanos lusófonos, numa alusão também à recente visita do chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, àquele país.
"Nós aqui viemos dar a cara que também temos um interesse em Moçambique, em questões de investimentos (...). Temos uma relação muito boa, cultural e de irmandade", frisou Sofia Chival.
A responsável avançou que, além da banca e dos seguros, os empresários pretendem também cooperar, entre outros, nas áreas de imobiliária, tecnologia digital, mineração, energias renováveis e turismo.
Para a área da banca, Angola pondera estabelecer o Banco Yetu em Moçambique, uma proposta que os empresários moçambicanos veem como uma oportunidade de expandir os serviços financeiros do país, cujo mercado é "bastante vasto".
"Nós achamos que quanto maior for o número de bancos na nossa praça melhor será para os clientes (...), então temos de alargar aquela que é a base de actuação de bancos ou de serviços financeiros e este grupo Yetu se mostrou bastante disposto para explorar o mercado moçambicano", disse Onório Manuel, vice-presidente da CTA, acrescentando que o banco angolano quer também explorar o sector imobiliário do país.
"Eles querem olhar também de forma muito particular a área imobiliária. Como sabe, nós temos uma crise generalizada para o sector imobiliário", referiu o moçambicano Onório Manuel, após o encontro com um "grupo muito forte" de Angola.