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Chapo quer mais empresários angolanos a investir em Moçambique

O Presidente de Moçambique exortou os empresários angolanos a investir no país e vice-versa, considerando o sector privado estratégico para o desenvolvimento dos dois países.

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Num jantar organizado pela Associação Angolana de Bancos (Abanc), à margem da primeira visita a Angola depois de tomar posse como Presidente de Moçambique, Daniel Chapo assinalou a importância de “uma parceria económica robusta e duradoura” para a prosperidade dos dois povos.

“Moçambique é Angola, Angola é Moçambique”, repetiu chefe de Estado perante uma plateia de empresários, gestores e outros convidados institucionais angolanos e moçambicanos, focando na necessidade de ter o sector privado como parceiro estratégico para o aumento de investimentos em Moçambique e em Angola.

Daniel Chapo abordou o crescimento da economia moçambicana, assente sobretudo no petróleo e gás, realçando a necessidade de diversificação das economias dos dois países.

Entre as áreas estratégicas apontou as infraestrutura, agricultura, turismo, recursos minerais e energia, bem como a industrialização.

“Por isso, para este ano o Governo estima um crescimento até 3 por cento no cenário moderadamente conservador e com possibilidades de cada vez mais crescermos”, disse Daniel Chapo, acrescentado que o Governo continua a empreender medidas de recuperação e reformas e que Moçambique tal como Angola, possui um potencial enorme económico.

“Um dos objectivos fundamentais da nossa diplomacia económica e da nossa presença aqui num país-irmão, Angola, é a atracção de investimento directo estrangeiro e a consolidação das nossas relações comerciais com o resto do mundo, como o continente africano”, prosseguiu Chapo notando que os dois países se unem pelos laços de língua, da história, da cultura.

Da consolidação das relações comerciais fazem também parte corredores de desenvolvimento como o do Lobito, e em Moçambique os de Maputo, da Beira e o de Nacala, que pode estar ligado ao do Lobito.

“Por esta razão, a nossa participação neste evento visa, igualmente, capitalizar esta oportunidade”, disse o responsável moçambicano destacando a oportunidade de investimento para empresas e investidores angolanos, e as medidas governamentais para atrair mais investimento directo nacional e estrangeiro, a nível de vistos, lei cambial e reformas fiscais.

“Queremos mais investimentos em Moçambique, dos nossos irmãos angolanos e de tantos países, por isso, para entrar em Moçambique, para visto de negócio ou para turismo, não precisa tratar o visto, pode ter o visto na entrada, na chegada em Moçambique”, exemplificou, reforçado que Moçambique se reafirma como um destino de investimento estrangeiro, à semelhança de Angola, nos sectores de energia, indústria, infraestruturas, agricultura e turismo.

“Por isso, minhas irmãs e meus irmãos, convido-vos a juntos, Moçambique e Angola, dois países irmãos, a virem investir em Moçambique. Convido os irmãos angolanos, não só a todos os empresários e investidores aqui presentes, mas, igualmente, convido aos irmãos moçambicanos a virem investir em Angola”, exortou, frisando que “investir em Angola é investir em Moçambique e investir em Moçambique é investir em Angola”.

Daniel Chapo, que iniciou realizou uma visita oficial de dois dias a Angola, marcada pelo encontro com o seu homólogo João Lourenço, regressou no Sábado a Maputo.

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