As conclusões do FMI foram divulgadas após uma missão de avaliação pós-financiamento liderada por Mika Saito, que decorreu entre 6 e 12 de Maio, que irá elaborar um relatório que deverá ser discutido no Conselho Executivo do FMI em Julho de 2025.
O FMI destaca que o crescimento económico de Angola em 2024 foi “robusto”, atingindo 4,4 por cento, impulsionado pelo aumento da produção petrolífera e pela retoma do sector não petrolífero, mas avisa que as perspectivas de futuro se deterioraram, gerando riscos, devido à queda dos preços do petróleo e condições restritivas do financiamento externo.
“Consequentemente, a projecção preliminar de crescimento para 2025 foi revista em baixa, de 3 para 2,4 por cento, aquando da consulta ao abrigo do Artigo IV [processo de consulta bilateral que o FMI realiza com os seus países membros para analisar a evolução da economia e das políticas económicas do país] de 2024, prevendo-se que a inflação continue a diminuir gradualmente”, adianta o FMI.
A revisão em baixa das perspectivas económicas “coloca também riscos ao desempenho orçamental”, refere a instituição num comunicado.
A equipa do FMI acrescenta que está “confiante” na determinação das autoridades em “conterem os riscos emergentes e identificarem medidas de mitigação essenciais para preservar a estabilidade macroeconómica e a sustentabilidade da dívida, protegendo simultaneamente os mais vulneráveis e a dinâmica de crescimento”
As Avaliações Pós-Financiamento (PFA) estão previstas para países a quem o FMI emprestou dinheiro, mas já não estão sob um programa do Fundo e visam avaliar as políticas do país, se a economia do país é estável e sustentável e se o país membro tem capacidade de reembolsar o Fundo.