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Centrais sindicais dizem que greve geral teve adesão expressiva

A segunda fase da greve geral interpolada, que terminou na Terça-feira, teve uma "adesão expressiva", segundo as centrais sindicais, que apelaram aos trabalhadores para não festejarem o Dia Internacional dos Trabalhadores, que se assinalou na Quarta-feira.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

Num comunicado de imprensa, as centrais sindicais, que reclamam ajustes salariais desde Setembro do ano passado, agradeceram aos trabalhadores o "sacrifício" e resistência a "todos os actos de intimidações e chantagem emocional", lembrando que se trata de uma reivindicação "em prol da sobrevivência da família de cada um".

Na nota, as centrais sindicais reiteraram "o apelo a todos os trabalhadores" de que não ia haver na Quarta-feira "qualquer manifestação por ocasião do 1.º de Maio, como sinal de protesto pelas condições sociais difíceis a que estão sujeitos".

No documento, as centrais sindicais manifestaram a sua total abertura para continuarem a negociar com o Governo e encontrarem consensos face às preocupações contidas no caderno reivindicativo, em negociação desde Dezembro de 2023.

Os agradecimentos foram extensivos à Ordem dos Advogados de Angola (OAA) pelo apoio, aos sindicatos de todos os países, que se juntaram à causa dos trabalhadores angolanos, à sociedade civil e aos partidos políticos pela solidariedade.

A terceira fase desta greve geral, a primeira em que três centrais sindicais se uniram para reivindicar melhores salários e condições de trabalho, está agendada para o período entre 3 e 14 de Junho próximo, tendo a primeira fase, marcada por detenções e actos de coacção, decorrido de 20 a 22 de Março, e a segunda de 22 a 30 de Abril.

As três centrais sindicais exigem o aumento do salário mínimo nacional, dos actuais 32.000 kwanzas, para 245.000 kwanzas, proposta "flexibilizada", entretanto, para 100.000 kwanzas, um reajuste do salário da Função Pública, na ordem de 250 por cento, e a redução em 10 por cento do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho (IRT).

O executivo decidiu propor um salário mínimo em função da dimensão da empresa, nomeadamente 48.000 kwanzas para as pequenas empresas, 70.000 kwanzas para médias empresas e 96.000 kwanzas para as grandes empresas, o que foi rejeitado pelos sindicatos.

A Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Força Sindical - Central Sindical (FS-CS) exigem também a actualização dos subsídios previstos no sistema das prestações sociais do Instituto Nacional de Segurança Nacional (INSS), bem como a gestão partilhada dos fundos do INSS, conferindo "transparência necessária".

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