Segundo Geraldo Basques, director executivo da CSC, este processo inicial vai variar entre 150 a 200 toneladas por dia, até alcançar o máximo estipulado em 300 toneladas diárias, no sentido de alcançar nos próximos tempos um total de 1500 toneladas anualmente, escreve a Angop.
O responsável fez saber – em declarações à imprensa, citadas pela Angop – que este minério poderá ser exportado, a partir do Porto do Namibe, recorrendo aos caminhos-de-ferro de Moçâmedes, com destino aos principais mercados internacionais, realçando-se os Estados Unidos da América, assim como países da Europa e da Ásia.
De acordo com o responsável, com o ferro gusa em estado líquido, o país vai fazer a fundição, a transformação em aço e ainda com subprodutos colaborar na indústria sementeira, bem como na correcção dos solos e adubo, fazendo com que nada seja desperdiçado, escreve a Angop.
Relativamente aos empregos, o director executivo deixou garantias de que o incremento da empregabilidade, especialmente jovem, acontecerá com a edificação dos dois altos-fornos e o próprio incremento da produção.
Já sobre os desafios, segundo a Angop, o responsável indicou a edificação de uma escola de produção de fertilizantes, de três novos altos-fornos, entre outros.
Referindo que se encontram já cridas a condições para o início da produção deste minério, visto que a primeira etapa da construção da unidade fabril se encontra finalizada possuindo um primeiro alto-forno, o director executivo fez também saber que assim que a fábrica se encontrar a funcionar por completo poderá vir a produzir 96 mil toneladas de ferro gusa anuais, escreve o Jornal de Angola.
Com infra-estruturas electromecânicas, reservatório de água capaz de embeber um milhão de litros, dois silos com capacidade de armazenamento de 2400 metros cúbicos de minério cada, assim como sala de máquinas e comandos, o responsável, citado pelo Jornal de Angola, referiu ainda que também vai haver 25 suites para acolher os técnicos responsáveis pelo funcionamento da unidade fabril.
De referir que para o sustento da produção de ferro, até ao momento foram erguidos 960 fornos capazes de produzir mais de 5500 metros cúbicos de carvão/semana, cada. Além disso, de acordo com a Angop, até agora já se investiram mais de 50 milhões de dólares, aplicados na edificação da fábrica, exploração da mina de ferro bruto, entre outros.
De referir que, numa primeira fase, a empresa gerou 1200 empregos (directos e indirectos), dos cerca de 5000 directos em vista até à etapa final.
Segundo o site da companhia, a CSC diz respeito à "primeira siderúrgica do país a produzir ferro gusa e a utilizar carvão vegetal como redutor no processo produtivo, através de uma tecnologia sustentável e livre de carbono (carbon-free)".