Segundo um comunicado remetido ao VerAngola, o Dia do Trabalhador Mineiro (assinalado nesta Quinta-feira) marcou o arranque oficial da exploração mineira no projecto.
O acto, acrescenta a nota, foi presidido pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, e pela governadora da província da Lunda Norte, Deolinda Ódia Paulo Satula Vilarinho, com o dia a ter começado com a "recepção a entidades oficiais e convidados com o Hino da República de Angola, entoado pelos alunos da Escola Yetwene, seguindo-se intervenções, apresentação do projecto, entrega do Título de Exploração Mineira e visita às operações mineiras".
O programa teve ainda uma vertente cultural, que contou com o contacto "com o projecto de Artes e Cultura, desen-volvido pelos alunos da Escola Yetwene e Comunidade do Bairro Samulambo, bem como apresentação das equipas participantes do Campeonato de Futebol Juvenil".
O projecto diamantífero situa-se na Lunda Norte e conta com um depósito do tipo secundário, prevendo-se uma média de produção mensal na ordem dos 10.000 quilates.
Em termos de investimento, até ao momento foram aplicados cerca de 32 milhões de dólares.
O projecto emprega actualmente 217 trabalhadores, cujos "95 por cento são nacionais, 20 por cento são do género feminino, 55 por cento são jovens com idades compreendidas entre os 19 e 42 anos de idade e 7 por cento são estagiários remunerados". Além disso, o projecto também gerou mais de 300 empregos indirectos.
A aposta na formação também está presente. Segundo comunicado, o projecto "tem implementado sessões de formação profissional para os colaboradores, ministradas on job, bem como dentro e fora do território angolano, focado sempre no ganho de conhecimento e competências, para além da admissão, em regime de contratos de estágio remunerado, de técnicos médios e superiores recém-formados, que no fim dos ciclos de estágio têm sido inseridos no quadro de pessoal do projecto".
"Cumprindo os objectivos e directrizes sobre empregabilidade, previstos na parceria com o Executivo Central e Local, o projecto Yetwene celebrou uma parceria com as Universidades e Institutos Médios Politécnicos das províncias da Lunda Norte e Lunda Sul, para concessão de estágios profissionais aos recém-formados", refere ainda a nota.
No domínio social, foram construídas infra-estruturas no sentido de "melhorar a situação económica e social da população ao redor da área de concessão do projecto, bem como acções de responsabilidade social, ambiental e económica".
"Nesta área foram investidos mais de 167 000 dólares, em intervenções já concretizadas, nomeadamente reabilitação e apetrechamento da Escola do Camissombo - que acolhe actualmente 120 alunos -, construção de residências para reassentamento familiar; criação de cooperativas de fomento agrícola para autossubsistência familiar e comércio e construção e apetrechamento de cinco casas para os sobas", lê-se no comunicado.
Além disso, foram também realizados "furos de água, equipados com bombas solares; torre metálica e reservatório; doação de motorizadas para as autoridades tradicionais; doação de bens alimentares e implementação de área de terreno para fomento da agricultura familiar. Nesta última intervenção foram distribuídas sementes e testada, pela primeira vez, a plantação de arroz de sequeiro".
Encontra-se em execução a "reabilitação e apetrechamento do posto médico e a implantação de moagem para autossubsistência", refere ainda a nota.
Com a sua inauguração – que teve lugar no Camissombo, num acto integrado nas Jornadas Técnicas e Científicas alusivas ao Dia do Trabalhador Mineiro –, o projecto passa a estar alinhado com o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022) ao nível do aumento da produção, refere a nota.
"A Associação em Participação do projecto Yetwene – que tem como integrantes a Endiama Mining, Lda., Mountain Stability Lda., Sociedade Mineira de Investimentos da Lunda, Lda. e a All Magic, Lda. –, resulta do Contrato de Investimento Mineiro (CIM) entre as partes para prospecção, pesquisa, reconhecimento e avaliação dos depósitos secundários de diamantes desta concessão", lê-se na nota.
De acordo com o comunicado, "os restantes pilares do PDN 2018-2022 (Investigação Geológico-Mineira e Exploração de Jazigos Secundários de Diamantes), como a ampliação das reservas de diamantes e criação de novos postos de trabalho já estão a ser cumpridos pelo Projecto Yetwene, desde 2019, com a fase de Investigação Geológico-Mineira e, mais tarde, com a Exploração de Jazigos Secundários de Diamantes, numa extensão de 508 quilómetros quadrados, tendo para tal constituído um quadro de recursos humanos de 217 trabalhadores".
